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Paulista - 2019

Antônio Carlos acha protesto "imbecil" e protege o presidente Belluzzo

Após protesto da torcida, arquibancadas do estádio ficaram pouco movimentadas - Folha Imagen
Após protesto da torcida, arquibancadas do estádio ficaram pouco movimentadas Imagem: Folha Imagen

Do UOL Esporte

Em São Paulo

27/03/2010 20h07

O técnico Antônio Carlos saiu em defesa do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, que vem sendo alvo de muitas críticas por parte da torcida palmeirense e, recentemente, recebeu cartas com conteúdo intimidador, que tinham balas e avisos de que o dirigente seria morto.

Neste sábado, a principal torcida uniformizada do Palmeiras, Mancha Alviverde, recusou-se a assistir ao empate diante do Mirassol, no Parque Antarctica, 1 a 1, em protesto contra a diretoria. Várias faixas foram colocadas na entrada do estádio pedindo a saída de Belluzzo e do vice-presidente de futebol Gilberto Cipullo. Faixas ironizavam os dirigentes: “Cipullo pipoqueiro”; “Belluzzo amarela”.

“É uma imbecilidade incrível [fazer os protestos] porque essa diretoria já trabalhou com dois dos melhores treinadores do futebol brasileiro [Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho] e trouxe um jovem como eu que precisa de tempo para trabalhar. Eu não tive ainda uma semana de treinamento”, comentou o treinador palmeirense.

BELLUZZO MINIMIZA AMEAÇAS DE MORTE

  • Folha Imagem

    Luiz Gonzaga Belluzzo confirmou o recebimento no início deste mês de cartas com conteúdo intimidador, que tinham balas e avisos de que o dirigente seria morto. No entanto, em entrevista à Rádio Globo, o mandatário descartou que as ameaças teriam vindo da torcida do Palmeiras e tratou o incidente como 'normal' dentro do futebol.

Questionado sobre a ausência de público no estádio neste sábado (menos de quatro mil pagantes assistiram ao empate diante do Mirassol), Antônio Carlos tratou com ironia a atitude da torcida.

“Prefiro pensar que eles não entraram no estádio para economizar dinheiro para o jogo de quarta-feira [diante do Paysandu, pela Copa do Brasil], que é mais importante para o clube”, disse.
Belluzzo minimizou o episódio, considerando “normal” eventuais provocações ou intimidações no futebol.

O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, endossou as críticas de Antonio Carlos, destacando que ameaças desse tipo não abalam as estruturas do clube.

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“Foi uma atitude covarde, cartas anônimas de baixo nível. Mas a polícia está trabalhando. Mas não é esse tipo de atitude que vai fazer nós mudarmos o que estamos fazendo. O Palmeiras é muito maior que essas pessoas”, atacou Cipullo.
Para o próximo duelo do time diante do Paysandu, quarta, em São Paulo, o Palmeiras não terá Cleiton Xavier, lesionado. O time paulista joga por um simples empate para assegurar presença na fase oitavas de final. No jogo de ida, em Belém (Pará), venceu por 2 a 1.