São Paulo minimiza falta de camisa 10 e vê ascensão de improvisados no setor
Bruno Thadeu
Em São Paulo
18/01/2011 07h00
O São Paulo tratou de guardar a camisa 10 para um futuro reforço de peso, mas Paulo César Carpegiani já se diz conformado com a perspectiva de trabalhar sem um meia típico. Sem muitas opções para o posto de armador, o técnico buscou em outros setores de campo a solução para a meia.
Os atacantes Fernandão e Marcelinho Paraíba, o lateral Ilsinho e o volante Cleber Santana podem ocupar o posto de principal articulador do meio-campo no entendimento de Carpegiani.
Na vitória contra o Mogi Mirim, o São Paulo teve Ilsinho atuando como meia-direita. Sem filtrar as palavras, o lateral/meia valoriza o elenco, não se vê como um camisa 10 e releva determinados comentários sobre a performance dos jogadores.
“Não é porque um jogador fez uma ou duas partidas ruins que ele, desculpe a maneira de falar, é um bosta. E também não é porque fez dois jogos bons que ele é craque”, respondeu o ala/meia.
Para a partida contra o São Bernardo, Ilsinho será mantido como um falso meia. Marlos foi regularizado na CBF e disputa posição. Lateral de origem, Ilsinho diz ter mudado seu posicionamento no período em que esteve na Ucrânia, funcionando como um meia-direita.
“Eu comecei como lateral, mas joguei mais avançado depois. O meia tem mais responsabilidade, porque ou conclui para o gol ou aciona os jogadores de frente. Eu prefiro assim, mas quero mesmo é ajudar o São Paulo”.
Contratado no ano passado, Fernandão atuou como meio-campista na Libertadores, então comandado por Ricardo Gomes. Com a saída de Ricardo Oliveira do clube, a tendência é que Fernandão passe a ser visto exclusivamente como centroavante.
Já Marcelinho Paraíba celebra seu recomeço no São Paulo após voltar de empréstimo ao Sport. Ele marcou o segundo gol no êxito sobre o Mogi Mirim.
“Eu já joguei como meio-campista, atacante. Não tem problema”, diz Paraíba, segundo maior artilheiro do atual elenco, com 50 gols, 44 a menos que Rogério Ceni.
“Estou trabalhando para ficar [São Paulo]. Entrei pouco tempo, mas foi o suficiente para marcar um gol. Espero que seja o primeiro [gol] de uma série. Da minha parte, não faltará vontade”.