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Paulista - 2019

São Paulo minimiza falta de camisa 10 e vê ascensão de improvisados no setor

Aprovado pelo técnico como meia contra o Mogi, Ilsinho deve ser mantido - Gaspar Nóbrega/Vipcomm
Aprovado pelo técnico como meia contra o Mogi, Ilsinho deve ser mantido Imagem: Gaspar Nóbrega/Vipcomm

Bruno Thadeu

Em São Paulo

18/01/2011 07h00

O São Paulo tratou de guardar a camisa 10 para um futuro reforço de peso, mas Paulo César Carpegiani já se diz conformado com a perspectiva de trabalhar sem um meia típico. Sem muitas opções para o posto de armador, o técnico buscou em outros setores de campo a solução para a meia.

PRÓS E CONTRAS DOS IMPROVISADOS

  • Folha Imagem

    Fernandão
    Ponto positivo: boa visão de jogo e bom passe.
    Ponto negativo: pouca mobilidade

  • Wander Roberto/Vipcomm

    Marcelinho Paraíba
    Ponto positivo: precisão no chute e experiência.
    Ponto negativo: irregularidade

    Ilsinho
    Ponto positivo:rápido e arrisca dribles e chutes
    Ponto negativo: fica preso a uma faixa de campo

    Cleber Santana
    Ponto positivo:chute forte
    Ponto negativo: pouca mobilidade e irregularidade

Os atacantes Fernandão e Marcelinho Paraíba, o lateral Ilsinho e o volante Cleber Santana podem ocupar o posto de principal articulador do meio-campo no entendimento de Carpegiani.

Na vitória contra o Mogi Mirim, o São Paulo teve Ilsinho atuando como meia-direita. Sem filtrar as palavras, o lateral/meia valoriza o elenco, não se vê como um camisa 10 e releva determinados comentários sobre a performance dos jogadores.

“Não é porque um jogador fez uma ou duas partidas ruins que ele, desculpe a maneira de falar, é um bosta. E também não é porque fez dois jogos bons que ele é craque”, respondeu o ala/meia.

Para a partida contra o São Bernardo, Ilsinho será mantido como um falso meia. Marlos foi regularizado na CBF e disputa posição. Lateral de origem, Ilsinho diz ter mudado seu posicionamento no período em que esteve na Ucrânia, funcionando como um meia-direita.

“Eu comecei como lateral, mas joguei mais avançado depois. O meia tem mais responsabilidade, porque ou conclui para o gol ou aciona os jogadores de frente. Eu prefiro assim, mas quero mesmo é ajudar o São Paulo”.

Contratado no ano passado, Fernandão atuou como meio-campista na Libertadores, então comandado por Ricardo Gomes. Com a saída de Ricardo Oliveira do clube, a tendência é que Fernandão passe a ser visto exclusivamente como centroavante.

Já Marcelinho Paraíba celebra seu recomeço no São Paulo após voltar de empréstimo ao Sport. Ele marcou o segundo gol no êxito sobre o Mogi Mirim.

“Eu já joguei como meio-campista, atacante. Não tem problema”, diz Paraíba, segundo maior artilheiro do atual elenco, com 50 gols, 44 a menos que Rogério Ceni.

“Estou trabalhando para ficar [São Paulo]. Entrei pouco tempo, mas foi o suficiente para marcar um gol. Espero que seja o primeiro [gol] de uma série. Da minha parte, não faltará vontade”.