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Paulista - 2019

Aliado, Mustafá diz que não tolerará erros do novo presidente do Palmeiras

Mustafá Contursi destaca o poder que tem e diz que não fugirá da responsabilidade de ajudar Tirone - Tom Dib/Futura Press
Mustafá Contursi destaca o poder que tem e diz que não fugirá da responsabilidade de ajudar Tirone Imagem: Tom Dib/Futura Press

Do UOL Esporte<br>Em São Paulo

21/01/2011 09h59

Um dos articuladores da candidatura de Arnaldo Tirone à presidência do Palmeiras, Mustafá Contursi já deu o primeiro recado ao dirigente. Nome importante da campanha vitoriosa, ele comenta que irá ajudar o novo presidente em tudo o que for necessário no dia a dia do clube. Entretanto, Mustafá alfineta: “Se não cumprir o que ficou estabelecido como princípios da administração terá minha discordância, não vou tolerar”.

Em entrevista ao Jornal da Tarde, o ex-presidente destaca o poder que tem no Palmeiras e ressalta que não fugirá da responsabilidade de ajudar o grupo que agora está no comando. Apesar de apoiar Tirone, Mustafá lança mais um aviso. “Não seria justo com os outros de que já discordei se eu aceitasse os seus erros”, cutuca o cartola, que enumera as principais medidas que deverão ser tomadas.

“Austeridade, enxugar a máquina, colocar o clube na recuperação financeira, dar a verdadeira representatividade exterior ao clube”, complementa. “Temos a questão da arena, que é um caso em que ultrapassaram todos os limites de tolerância. O clube hoje gasta fortunas com instalações externas que não estavam programadas”.

Sobre os resultados dentro de campo, Mustafá diz que Tirone poderá ser cobrado somente daqui a seis meses. “O time de futebol é bom. Mas depois de quatro anos de desastre alguém terá coragem de cobrar um presidente logo depois de ele assumir?”, questiona.

Cobrado por adotar a política do “bom e barato” quando estava no comando do Palmeiras, Mustafá se defende. “O bom e barato foi uma transição da saída intempestiva da Parmalat pelos problemas que ela estava enfrentando. Foi um ajuste de emergência e que começou a dar certo. Nós temos hoje a mais cara equipe da história do Palmeiras e está com esse desempenho sofrível”, rebate o dirigente, que não perdoa Luiz Gonzaga Belluzzo.

“Tudo o que ouço dele procuro fazer o contrário. E tenho acertado sempre. Não se trata de rivalidade pessoal. Se eu o estivesse é porque meu clube estaria num bom caminho, mas não está. Agora eu recebo mensagens dizendo ‘você tinha razão’. O Belluzzo usa inverdades para encobrir o seu fracasso”, encerra Mustafá.