Após dar a 10 a Rivaldo, São Paulo carece de um 9 e peca na pontaria
Carlos Padeiro
Em Barueri (SP)
31/01/2011 07h09
A estreia do novo camisa 10 do São Paulo está agendada para quinta-feira. Após a derrota por 2 a 0 para o Santos, o técnico Paulo César Carpegiani confirmou que Rivaldo será escalado diante do Linense, no Morumbi, às 19h30, pela sexta rodada do Campeonato Paulista.
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Agora, falta encontrar um camisa 9. A carência ficou clara durante o revés no primeiro clássico do ano. O time tricolor teve mais posse de bola e finalizou a gol 18 vezes, sendo 11 para fora, uma na trave e seis nas mãos do goleiro Rafael.
Já o rival da Baixada arriscou 12 arremates, sendo apenas quatro para fora. Rogério Ceni realizou seis defesas, mas não impediu os gols de Elano e Maikon Leite.
Apesar de ter a postura de um centroavante, Fernandão atuou como meia e por diversas vezes exerceu o papel de pivô, recebendo a bola de costas e ajeitando para quem vinha de trás. Mais à frente estavam Dagoberto e Fernandinho, dois atacantes mais velozes.
Ricardo Oliveira, o matador dos sonhos da diretoria, não permaneceu na virada do ano e voltou para o futebol árabe. No elenco, o único atleta com pinta de goleador é Lucas Gaúcho, de 19 anos, que ainda não foi escalado por Paulo César Carpegiani na temporada. Contratado recentemente, Willian José, também de 19 anos, está com a seleção sub-20.
Ao término da quinta rodada do Estadual, o São Paulo apresenta o quarto pior índice de pontaria. Segundo o Datafolha, o time do Morumbi acerta 33,3% das conclusões a gol. O líder Santos tem 53,2% de aproveitamento.
O volume de jogo no clássico convenceu Carpegiani, apesar do resultado negativo. “Analisando friamente, fiquei satisfeito. Tivemos posse de bola, imposição e chegamos. Em algumas vezes houve dificuldade e propiciamos contra-ataques. Então não foi uma equipe firme, e isso é uma preocupação que tenho. Temos muitas coisas a corrigir, mas fiquei satisfeito”, opinou o treinador.
Rivaldo pode ser uma solução para a falta de pontaria, já que durante a sua carreira foi artilheiro, embora seja um meia.
“Ele não é exclusivamente um 10. Já jogou como segundo atacante, já jogou no meio fazendo o ‘enganche’ e tem a perna esquerda muito boa. Acho que será muito útil, e nós temos de propiciar condições para ele fazer isso”, afirmou Carpegiani.