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Paulista - 2019

Patrik garante boa fase do Palmeiras, mas esbanja timidez e se assusta com assédio

Patrik comemora gol contra o Mirassol. Decisivo nos últimos jogos, já é vice-artilheiro da equipe - CESAR GRECO/FOTO ARENA/AE
Patrik comemora gol contra o Mirassol. Decisivo nos últimos jogos, já é vice-artilheiro da equipe Imagem: CESAR GRECO/FOTO ARENA/AE

Luiza Oliveira

Em São Paulo

04/02/2011 07h02

Patrik tem sido chamado de Talismã no Palmeiras. Não é à toa. Sua entrada no segundo tempo garantiu a maioria das vitórias que colocam a equipe na liderança do Campeonato Paulista. Mas ele ainda se assusta com sucesso repentino. Tímido, atribui à sorte boa parte dos feitos e não esconde que preferia passar despercebido pelas câmeras.

Patrik entrou no decorrer de cinco dos seis jogos disputados pelo Palmeiras neste ano. Em três balançou as redes (Oeste, Paulista e Mirassol) e se tornou o vice-artilheiro do time, atrás apenas de Kleber com quatro gols.

Prova da sua importância é que sem os tentos do atacante, o time teria seis pontos a menos e estaria apenas na quinta colocação do Paulistão. O próprio Felipão o elogiou dizendo que o jovem de 20 anos dá mais equilíbrio ao time no esquema 4-3-3.

O jogador mostra confiança quanto à sua evolução em relação a 2010, época em que teve poucas oportunidades. “Esse é o Patrik de verdade. Ano passado não consegui marcar os gols, mas agora a torcida pode esperar o Patrik de 2011.” Pouco depois, exagera na humildade. “Conta um pouco o talento, mas sorte tem ajudado”, disse.

Agora, ele pode ter a chance de ser titular justamente em um clássico de ânimos acirrados contra o Corinthians, que acaba de ser eliminado da pré-Libertadores e vive sua pior fase desde o rebaixamento.

Mas se no campo Patrik tem se destacado, em frente às câmeras mostra pouca ou nenhuma intimidade. No desembarque da delegação do Palmeiras na tarde de quinta-feira no aeroporto de Congonhas, foi o maior alvo dos jornalistas. Fez questão de atender a todos, mas não disfarçou o incômodo com a situação.

“Assusta um pouco, sim”, admitiu em uma das várias respostas curtas e em tom de voz baixo. Ao ser perguntado se costuma falar pouco e se seria melhor passar despercebido sem dar entrevistas, não titubeou nas respostas: “É, seria” e “Eu falo pouco”.

Mas entre os colegas de time ele garante ter outra personalidade. É brincalhão e seu maior alvo é justamente o maior concorrente na briga pela artilharia. “Eu brinco mais com o Kleber. Eu fico nas brincadeiras de mão com ele. Tenho mais amizade com ele.”