Palmeirenses veem méritos dos adversários, mas falta de gols começa a incomodar
A dificuldade do Palmeiras em fazer gols neste início de temporada não é mais novidade para ninguém. Em geral, os jogadores palmeirenses tentam minimizar a questão, atribuindo suas dificuldades ao bom rendimento das defesas adversárias. Mas a paciência está acabando, e o próprio elenco já admite que passou da hora de o ataque alviverde se acertar.
O ponto final veio no último sábado, no 0 a 0 com o fraco Santo André, vice-lanterna do Campeonato Paulista. Antes, o time já havia empatado sem gols em outras duas ocasiões e só fez dois ou mais gols em cinco partidas no ano, das 13 disputadas oficialmente.
A princípio, o time fez questão de elogiar a marcação andreense. “Os caras estão botando a vida deles contra a gente”, resumiu Deola. “Eles se fecharam bem e estão de parabéns”, avaliou Cicinho. “Temos que dar parabéns pra defesa do Santo André, que correu bastante e tirou muitas bolas da área”, comentou Marcos Assunção.
Todos eles, porém, reconheceram a nítida dificuldade palmeirense em balançar as redes. “A gente está perdendo muito gol. Nossa equipe está criando, mas não está aproveitando as oportunidades que tem, e se o ataque não faz gol, o time não vence, assim é o futebol”, admitiu o lateral direito. “A gente criou muitas chances, mas infelizmente a gente não conseguiu finalizar bem”, sintetizou Márcio Araújo.
Na quarta-feira, apesar da goleada sobre o Comercial-PI, o Palmeiras teve um primeiro tempo duro, sem gols. Após a partida, o técnico Luiz Felipe Scolari comentou que o time estava muito afoito para marcar, ansiedade que estava atrapalhando o rendimento.
Mas seja por pressa em definir o resultado e mudar a fama ou pelos problemas enfrentados pelo ataque - lesões de Dinei e Kleber, pouca experiência de Miguel e Vinicius e falta de um centroavante -, fato é que o Palmeiras continua com dificuldades claras de finalizar corretamente.
Em geral, a equipe de Palestra Itália é a terceira que mais arrisca ao gol no Paulistão, com média de 16,7 finalizações por jogo, atrás apenas de São Paulo e São Bernardo. Mas a pontaria é fraca, apenas a oitava melhor do campeonato (37,1% de acerto), e o número de gols marcados está entre os mais baixos, somente 13, contra 25 do Santos, 23 do São Paulo e 22 do Corinthians, por exemplo.
"Nossa obrigação é treinar, sabendo que a cobrança é grande. Tem que escutar as críticas e os elogios e fazer do Palmeiras um time grande, que se classifique entre os oito, de preferência com vantagem nas finais", pregou o zagueiro Danilo.
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