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Paulista - 2019

Chefe de arbitragem rechaça mudança de juiz do clássico para "não virar festa"

Coronel Marcos Marinho veta ceder ao pedido do Palmeiras por troca de árbitro - Almeida Rocha / Folhapress
Coronel Marcos Marinho veta ceder ao pedido do Palmeiras por troca de árbitro Imagem: Almeida Rocha / Folhapress

Renan Prates

Em São Paulo

28/04/2011 16h04

O chefe de arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF), Coronel Marinho, descartou de forma veemente a mudança do juiz do clássico entre Palmeiras e Corinthians. Segundo o militar, ceder a esse tipo de pressão seria uma forma de atestar a falência da comissão de arbitragem.

“Não tem nenhuma chance [de mudança]. Se ceder a esse tipo de pressão, a comissão acabou. Vai virar festa. Isso é normal acontecer em todos os países”, falou para o UOL Esporte.

Irritada com a escolha do árbitro Paulo Cesar de Oliveira para apitar a partida do próximo domingo, a diretoria do Palmeiras sugeriu que houvesse a mudança do nome por parte da Federação.

“Não há razão que coloque suspeição [em marmelada], mas numa hora dessa acredito que deva imperar o bom senso e o pessoal da arbitragem rever a posição tomada. Não há nenhuma necessidade de deixar Paulista exposto dessa natureza”, declarou o vice de futebol Roberto Frizzo.

A hipótese de marmelada foi aventada pelo Jornal da Tarde, que disse antes do sorteio que Paulo César seria o árbitro do clássico por causa de uma combinação prévia feita por Palmeiras e Corinthians, algo que foi rechaçado por todas as partes citadas.

“Foi uma boa coincidência. Estão fazendo balão de ensaio com isso, mas fazer o que? Mostramos toda a lisura do processo”, se defendeu Marinho, já que a FPF divulgou nesta quarta-feira como foi feito o sorteio que escolheu Paulo César.

“Ele [Paulo César] apitou o 4 a 1 contra o Ituano e ninguém reclamou. Inclusive o Palmeiras teve um pênalti a favor. Ele é um árbitro experiente e acostumado. Não é a primeira vez que acontece isso”.