Ganso e B.César dividem agentes, focam Europa e título paulista por saída amigável
Carlos Padeiro e João Henrique Marques
Em São Paulo e Santos
06/05/2011 07h00
Os camisas 10 de Santos e Corinthians, Paulo Henrique Ganso e Bruno César usam os mesmos empresários, e viveram um período intenso de negociações com o futebol europeu durante o Campeonato Paulista. Apesar disso, eles não deixaram de atuar por seus clubes, e agora buscam o título estadual para melhorar o relacionamento no clube, e ganharem prestígio antes de consumarem as saídas.
"A intenção é essa, sair de portas abertas. Com o título, seria muito gratificante. Vou deixar amigos aqui. Espero um dia voltar, porque sempre fui corintiano", disse Bruno César.
“Minha cabeça está sempre tranquila, independentemente de qualquer coisa. Sou jogador do Santos e tenho que mostrar dentro de campo isso, ajudando o Santos a conquistar mais um título”, destacou Ganso.
A transferência do corintiano está acertada. O destino é o Benfica e a apresentação no clube português ocorrerá em julho. Já a de Paulo Henrique Ganso segue no ramo da especulações.
As negociações dos jogadores são conduzidas pelo Grupo DIS. No fim de março, o diretor da empresa, Thiago Ferro, esteve em Lisboa para fechar a transferência de Bruno César para o Benfica, e logo em seguida viajou a Milão para se reunir com dirigentes de Milan e Inter de Milão interessados em Ganso.
Comparação estatística
| 20,1 | Bolas recebidas | 27,3 |
|---|---|---|
| 3,1 | Bolas perdidas | 3,9 |
| 4,6 | Desarmes | 6 |
| 2,1 | Faltas recebidas | 2,3 |
| 0,8 | Faltas cometidas | 1,6 |
| 2,4 | Finalizações | 0,6 |
| 84,9 | Aprov. de passes | 83,5 |
A DIS teve o respaldo do Corinthians em busca de um novo clube para Bruno César por ser a detentora dos direitos econômicos do jogador, e vai repassar cerca de 2 milhões de euros (cerca de R$ 4,7 milhões), dos 5 milhões (aproximadamente R$ 11,7 milhões) pagos pelo Benfica, ao clube.
Já a situação de Ganso é diferente. A empresa detém 45% dos direitos econômicos do meia, e vê o Santos ser intransigente ao pedir o valor máximo da multa rescisória, 50 milhões de euros, do camisa 10 para liberá-lo.
O meia santista considera o valor inibidor, e já pediu aos dirigentes para, ao menos, estudarem ofertas dos clubes italianos interessados. Os cartolas não responderam positivamente, mas prometeram aceitar o desejo em caso de renovação contratual, algo que Ganso não aceitou assinar. Sendo assim, o imbróglio permanece.
Bruno César tem a certeza da transferência para o exterior, e quer deixar o com pelo menos uma conquista. Já Ganso ainda busca a sonhada transação, e quer “amolecer” os dirigentes com conquistas do Paulista e da Libertadores antes de um novo pedido.