Com Douglas, SP adia resolução na lateral e reforça histórico de trazer lesionados
O São Paulo ainda se ressente de opções na lateral direita, fato que ficou agravado com a lesão de Ivan Piris e com a atuação desastrosa de João Filipe no clássico. Douglas foi contratado para a função, mas chegou lesionado, fato que não resolve o problema do Tricolor.
EXEMPLOS RECENTES
 | Fabrício: Tendinite fez com que o volante, contratado em janeiro, ainda não estreasse |
 | Cañete: Chegou em recuperação de lesão em julho, mas só estreou no mês de outubro |
 | Luis Fabiano: Apresentado em março, ele só fez a sua estreia no mês de outubro |
 | Fernandinho: Foi contratado em janeiro de 2010 junto ao Barueri com lesão no pé |
 | Ricardo Oliveira: Chegou em julho de 2010 com uma lesão no joelho |
E a contratação do lateral ex-Goiás neste estado físico reforça uma tendência recente da diretoria do São Paulo: a de contratar reforços machucados. Fabrício, Cañete, Fernandinho, Luis Fabiano e Ricardo Oliveira foram exemplos de atletas que chegaram neste estado.
Douglas foi confirmado pelo São Paulo no último sábado. O lateral rescindiu o contrato com o Goiás e quase foi contratado pelo Inter, mas os médicos do clube fizeram restrições ao atleta por causa de uma pubalgia, que o deixará longe dos gramados por dois meses.
Mas a diretoria do São Paulo não pareceu incomodada com o fato de ter trazido jogadores machucados. Em entrevista para a Rádio Globo, o diretor de futebol, Adalberto Baptista, argumentou que o clube se respaldou com mecanismos para pagar menor salário aos atletas que chegam sem condições de jogo.
“Em vários dos contratos, que a gente não gosta de externar isso, existem redutores de salários, alguns contratos a eficácia só vale a partir da recuperação do atleta, então essa não é uma premissa verdadeira [pagar salário para atletas machucados]", justificou.
O problema para o São Paulo é que a entrada de um lateral direito que dê conta do recado se fez urgente após o clássico contra o Corinthians, jogo em que o rival teve muitas facilidades para dominar o setor com Jorge Henrique contra João Filipe, que terminou expulso da partida após atuar de forma improvisada na função.
Para piorar o quadro, Leão terá que improvisar ainda mais contra o Paulista, pois Piris ainda não terá condições de jogo. O treinador testou nesta terça-feira Luiz Eduardo, que costuma atuar como zagueiro pela esquerda, apesar de ser ambidestro. O técnico admitiu dificuldades e acenou em tom de resignação que vai tentar outra opção no treino de quarta.
“Infelizmente em alguns momentos nós temos que improvisar. Não foi só domingo, quinta também. Essas coisas é uma realidade, não tem como esconder. Deixei até o último momento o nosso lateral, fizemos um teste, ele estava bem, mas no último segundo sentiu um pouco. Estava escalado, mas infelizmente isso aconteceu. Se nós tivéssemos lateral pronto jogaria”, declarou o treinador, que descartou aproveitar as opções na base.
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