Em 2012, Felipão tenta repetir receita vencedora do Palmeiras do fim dos anos 1990
A chegada e o sucesso relâmpago de Hernán Barcos ao Palmeiras destaca as semelhanças da equipe montada por Luiz Felipe Scolari no fim dos anos 1990 com a atual. O atacante argentino não é rápido, não dá pedaladas, mas é matador e faz lembrar o baiano Oséas.
Também na linha de frente, Maikon Leite faz papel parecido com o que Paulo Nunes fazia, com um pouco menos de eficiência na hora de balançar as redes, mas se destacando pela velocidade.
Outra comparação que é facilmente percebida é entre Marcos Assunção e Arce. Os dois são os homens de confiança de Luiz Felipe Scolari, são bons cobradores de falta e lideram o elenco nas horas mais difíceis.
No comando de tudo isso, Felipão mantém o estilo que deu certo na seleção brasileira, no Palmeiras e no Grêmio, mas fracassou no Chelsea: pilhar jogadores em torno de um objetivo e manter a ordem entre seus jogadores.
Confira a comparação entre os times dos anos 1990 e de 2012:
RÓTULO | NO FIM DOS ANOS 1990 | EM 2012 |
O MATADOR | Oséas, fazia o estilo trombador, sem mostrar velocidade e habilidade, mas não deixando nenhuma bola que passasse perto dos seus pés não entrar. Fez 65 gols em 172 partidas. | Atualmente, Felipão pode contar com Hernán Barcos, atacante argentino que não prima pela velocidade, não dá pedalada, nem chapéus, mas consegue balançar as redes dos adversários. Já tem quatro gols |
O VELOCISTA | Paulo Nunes aparecia quando menos o adversário esperava. O atacante corria todo campo, servia muito Oséas e teve carinho da torcida pelas comemorações especiais. | Maikon Leite ainda enfrenta certa resistência por parte da torcida. Todos podem reclamar da falta da pontaria, mas é impossível dizer que o camisa 7 não é velocista ao extremo. |
PERIGO NA BOLA PARADA | Até a chegada de Marcos Assunção, Arce ganhava, de longe, qualquer eleição sobre a melhor bola parada da história do Palmeiras. Era arma fatal nas batidas e nos cruzamentos. Além disso, é homem de confiança de Felipão e é líder entre os companheiros. | Ao desembarcar no Palestra Itália, passou a ser constantemente comparado com Marcos Assunção por causa de sua precisão na hora de lançar as bolas. Atualmente, ele é o atleta do elenco que tem melhor relação com Scolari. |
ZAGUEIRO "BURUCUTU" | Júnior Baiano às vezes fazia falta grosseiras, dava furadas históricas e ganhava respeito dos adversários pelo tamanho. Com vontade, ganhou confiança de Felipão e também dos palmeirenses mais corneteiros. | Leandro Amaro não sabe dar belos toques, às vezes deixa o torcedor em apuros, mas não foge de uma boa dividida. Seu tamanho e sua raça, às vezes, assustam adversários. |
LATERAL VOLUNTARIOSO | Júnior é um dos jogadores mais citados como exemplo por Luiz Felipe Scolari. O treinador não cansa de citar que o atleta sabia só usar a perna esquerda e que, com o tempo, soube fazer até gol de direita. | Juninho chegou e já deixou sua marca: regularidade. Consegue correr o campo inteiro, ajuda muito na marcação e também tenta apoiar o ataque nas vezes em que vai à frente. |
MEIA DE CRIAÇÃO | Alex tinha o rótulo de "sonolento", mas, quando acordava... O camisa 10 dava toques de letra, assistências perfeitas e golaços, como o genial em cima de Rogério Ceni, no Rio-SP, em 2002, no Morumbi | Atualmente, Felipão pode se dividir em duas esperanças: Valdivia, que é o mais rápido e habilidoso, além de usar a camisa 10, e Daniel Carvalho, que é mais lento, mas sabe criar perigo |
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