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Paulista - 2019

Em alta no Palmeiras, Daniel Carvalho comemora fim do "trauma" do eixo Rio-SP

Daniel Carvalho celebra gol do Palmeiras marcado no clássico contra o São Paulo, em Prudente - Rivaldo Gomes/Folha Imagem
Daniel Carvalho celebra gol do Palmeiras marcado no clássico contra o São Paulo, em Prudente Imagem: Rivaldo Gomes/Folha Imagem

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

07/03/2012 06h00

Livre da luta contra a balança e enfrentando Valdivia como seu único “problema”, Daniel Carvalho também superou outro desafio: o temor de jogar no Rio de Janeiro e em São Paulo, os dois mais tradicionais centros do futebol no país. Aos 29 anos e com uma briga para ser titular no Palmeiras, o meia comemora o bom momento na carreira.

Depois de jogar no CSKA, da Rússia, de 2003 até 2010, e ainda passar pelo Oriente Médio, também em 2010, o jogador admitiu que preferiu fugir dos oito times do eixo para ter mais tranquilidade na readaptação ao Brasil.

“Olha, foi melhor do que eu esperava (a adaptação a São Paulo). Quando eu voltei da Europa e do Oriente, eu queria ficar longe de São Paulo e do Rio de Janeiro. Eu sabia que ia ter mais dificuldade para me adaptar, sabia que a cobrança ia ser maior. Por isso que eu escolhi o Atlético-MG. Não que eu não tinha cobrança lá, tinha muito, mas em São Paulo e no Rio é maior. Agora, já estou muito bem aqui”, disse Carvalho ao UOL Esporte.

Uma diferença que já percebeu em São Paulo, segundo Daniel Carvalho, é de que a imprensa gosta mais de criticar do que elogiar e que, a torcida, assim como os jornalistas, são mais atraídos por problemas do que por coisas boas.

Na coletiva de imprensa que concedeu na última terça-feira, brincou ao dizer: “Aqui já aprendi a dor de cabeça que vai dar dependendo do que eu falar”, em uma das raras respostas que não precisou citar a briga com Valdivia.

Tudo porque uma declaração dada a rádio Estadão ESPN, dizendo que tomou anabolizantes na Rússia, causou uma repercussão mundial e até ameaça de processo por parte do CSKA. A polêmica surgiu na época em que Daniel tentava explicar o motivo de não conseguir ser mais o garoto magro e rápido que surgiu no Internacional.

 

“Não fiquei bravo (quando falaram que ele estava gordo e fora de forma), porque dei motivo. Agora, vão parar. Estou em uma fase boa, o Palmeiras está bem. Tudo vai ficar melhor e já mostramos que temos condições de levar o título”, completou.

Hoje, além de brigar com Valdivia por um espaço, ele já até concorre com Marcos Assunção na hora de bater uma falta. "Não, que é isso. Que fique bem claro que é o Assunção quem define quando ele vai bater ou quando ele vai deixar para mim", disse Daniel rindo. 

O meia do Palmeiras ainda não definiu quando vai abandonar os gramados, só diz que esta data está muito longe de acontecer. Ele, no entanto, já projeta que será um “concorrente” do ex-goleiro Marcos, que se aposentou apenas nesta temporada, aos 38 anos.

“Eu quero fazer uma faculdade de fisioterapia. Eu estudei até o 1º ano do 2º grau e depois resolvi chutar bola. Mas depois de jogar bola, quero ter uma clínica de fisioterapia”, finalizou Daniel Carvalho.