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Paulista - 2019

Defesa do Santos envelhece, sofre seis gols em dois jogos e pressiona Muricy a lançar jovens

Com os retornos de Edu Dracena e Léo, média de idade da defesa subiu para 30,5 - Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
Com os retornos de Edu Dracena e Léo, média de idade da defesa subiu para 30,5 Imagem: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

19/02/2013 06h00

Os retornos dos experientes Edu Dracena e Léo ao time titular do Santos expõem uma preocupação ao sistema defensivo. Isso porque a equipe santista, que estava invicta na temporada 2013, perdeu os últimos dois jogos por 3 a 1 (contra Paulista e Ponte Preta) e sofreu seis gols com a presença dos veteranos.

Com as saídas de Neto e Guilherme Santos, o sistema defensivo do Santos envelheceu. Dracena com 31 anos, Durval, 32, e Léo 37, elevam a média de idade da defesa para 30,5. O mais jovem da “linha de quatro” que compõe o setor é o lateral direito Bruno Peres de 22 anos.

Somando apenas a dupla de zaga, que conquistou seis títulos pelo clube, a média de idade sobe 31,5.

O mau desempenho do time com os veteranos em campo aumenta a pressão para que o técnico Muricy Ramalho conceda oportunidades aos atletas mais jovens. Os zagueiros Jubal e Gustavo Henrique, e o lateral esquerdo Emerson Palmieri, campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo clube no início deste ano, agradam torcedores e conselheiros santistas.

Além dos atletas revelados pelo clube, o torcedor santista também aprovou o desempenho do zagueiro Neto. Contratado do Guarani, o atleta formou dupla de zaga com Durval nas seis rodadas iniciais do Campeonato Paulista. Antes do retorno dos veteranos, o Santos havia tomado seis gols em seis jogos.

Após a derrota para a Ponte Preta no último domingo, em Campinas, o capitão Edu Dracena cobrou o time e falou em “trabalhar muito” para evitar mais erros no sistema defensivo.

“Acredito que o Santos fez boa partida antes de tomar o primeiro gol, mesmo antes do segundo ficávamos em cima, mas time não pode tomar um gol daquele de escanteio. Temos de tomar muita dura mesmo, trabalhar muito, porque só assim não está dando”, afirmou Dracena.

Já o lateral esquerdo Léo amenizou os erros individuais do time e utilizou um discurso mais político ao analisar o desempenho do time contra a Ponte.

"É trabalhar, não adianta ficar buscando culpado, inventando desculpa, isso, aquilo. Tivemos dificuldades em penetração, porque o segundo tempo foi todo nosso, mas eles foram muito mais competentes. Futebol é bola na rede, não é domínio territorial", explicou o lateral.