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OPINIÃO

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Após pouco futebol e muita reclamação, Palmeiras avança e é favorito ao tri

Jogadores do Palmeiras comemoram classificação sobre o Atlético-MG na Libertadores - Amanda Perobelli/Reuters
Jogadores do Palmeiras comemoram classificação sobre o Atlético-MG na Libertadores Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Colunista do UOL

11/08/2022 04h00

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Gostaria de escrever sobre gols, grandes jogadas, duelos entre atacantes e defensores, mas o que mais vi no empate sem gols de Palmeiras e Atlético-MG ontem, no Allianz Parque, foram reclamações de todo lado.

O Galo foi melhor no jogo, mas muito menos do que poderia ter sido — ainda mais por ter ficado com um a mais a partir da expulsão do Danilo (que fez uma falta maldosa no Zaracho) ainda no primeiro tempo. E, com a expulsão do Scarpa no segundo tempo, ficou com dois jogadores a mais, mas sem criar muitas oportunidades de gols. Chances mesmo foram pouquíssimas, a maior delas com o Hulk, bem no final da partida — o atacante do Galo, aliás, não faz um gol com a bola rolando desde junho.

As expulsões foram corretas, mas o Gustavo Scarpa sofreu falta do Jair e o árbitro errou em dar continuidade à jogada que acabou exatamente com o palmeirense expulso. E, segundos antes do final do jogo, foi a vez do Vargas tomar o vermelho, depois do segundo amarelo.

Por falar no Hulk, mais uma vez o atacante não fez uma boa partida, assim como o Veiga também não fez. Dois caras que, desde o ano passado e até poucos meses atrás, mereciam ter tido chances de verdade na seleção — o que foi uma injustiça no momento que estavam bem. Mas gostei de Weverton, Murilo, Gustavo Gomes e Zé Raphael pelo Palmeiras e Jair, Allan, Nathan e Júnior Alonso pelo Galo.

Os melhores momentos do jogo foram nos pênaltis, porque todos bateram muito bem as cobranças iniciais. Muita tensão, muito desgaste físico e mental e, sem dúvida, uma enorme pressão. Mas todos demonstraram muito equilíbrio emocional até chegarem às batidas alternadas.

Rubens, que é um ótimo jogador mas muito jovem, sentiu o peso da responsabilidade, perdeu a cobrança, mas não pode ser crucificado por isso. Porque não foi o primeiro, e nem será o último, a errar um pênalti decisivo.

E sobrou para o zagueiro Murilo — para mim, o melhor jogador somando as duas partidas — decidir a classificação do Palmeiras. Foi lá e bateu tão bem como todos os seus companheiros.

O Palmeiras chegou novamente à semifinal da Libertadores e mais uma vez demonstrando uma força mental incrível. Para mim tem o favoritismo para conquistar o tricampeonato seguido da competição porque o time do Abel Ferreira adquiriu o hábito de ganhar títulos.

E, com a eliminação da Libertadores e da Copa do Brasil, junto com a péssima campanha no Campeonato Brasileiro, podemos dizer com toda segurança que a temporada do Atlético-MG está sendo desastrosa.

Mais cedo, o Tricolor de Rogério Ceni também conquistou uma vaga para a semifinal, mas da Copa Sul-Americana, nos pênaltis. Depois de ter vencido o Ceará no Morumbi por 1 a 0, foi derrotado por 2 a 1 no Castelão. A diferença da vitória foram as cobranças ruins dos dois lados até chegar a vez da cobrança de Patrick. Esse sim bateu muito bem e tranquilo, e deu a vaga ao São Paulo.

Parabéns para os dois times — Palmeiras e São Paulo — e para os treinadores pela classificação!

PS: Hoje temos a leitura da "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito", no Largo São Francisco, às 11 horas. E eu estarei lá, gritando pela nossa democracia!