Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Admito que não esperava, mas o Corinthians ganhou e fez seu melhor jogo
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Resolvi escrever esse texto logo após o terceiro gol do Corinthians e o segundo do Yuri Alberto. Foi um atropelo do Corinthians contra o Atlético-GO e, talvez, o grande jogo do time no ano até agora, que está classificado para a semifinal da Copa do Brasil.
Os jogadores precisavam reagir mesmo, porque o ambiente ficaria insuportável caso o Corinthians fosse eliminado. Mas o time do Vítor Pereira dessa vez se impôs de verdade. Além de velocidade, teve um número grande de finalizações e também demonstrou um espírito de luta que até aqui ainda não havia aparecido.
Até agora, a equipe não tinha demonstrado que poderia reverter o placar de 2 a 0 para o Atlético-GO. Não acreditava que o Corinthians teria essa força, e nem que o Yuri Alberto começasse a fazer gols justamente nesse jogo — até porque, em oito jogos (até a partida contra o Palmeiras), só tinha dado um chute a gol.
Mas o futebol é surpreendente e quem se arrisca a opinar corre o risco de errar, e isso faz parte.
Eu, por exemplo, não sou comentarista do depois, porque aí fica fácil. Eu prefiro me arriscar e falar o que estou pensando de verdade sobre o jogo que vai acontecer. Simplesmente reconheço quando erro e segue o jogo.
Aí, enquanto estava aqui escrevendo, o Yuri Alberto fez mais um gol, chegando a três na partida. Três gols em um jogo importante é um espetáculo, ainda mais para um centroavante que não havia feito nenhum até agora.
Mas o futebol é surpreendente, já disse. Na Neo Química Arena, quando tudo parecia tranquilo, veio uma certa tensão com o golaço do time goiano. No SporTV, o Maurício Noriega disse: "O Atlético-GO não estava jogando nada". Concordo plenamente: um jogo que estava resolvido recebeu uma certa pressão.
O Corinthians foi infinitamente melhor por 80 minutos. Ou, como se diz na linguagem do torcedor, "não teve jogo". Foi uma vitória merecida, importante, uma classificação que a grande maioria, como eu, não acreditava que pudesse acontecer.
Renato Augusto, Yuri Alberto, Róger Guedes, Fagner, Gil e Balbuena: esses, na minha opinião, fizeram a grande diferença na partida. E repito: foi o grande jogo do Corinthians no ano até o momento.
E, enquanto eu estava assistindo o Corinthians simplesmente amassar o time do Jorginho — que se uniu ao Cuca e ao Mano Menezes para atacar o Abel Ferreira —, o meu centroavante preferido para ser titular na Copa do Mundo, o Pedro, fez um golaço na Arena da Baixada, contra o Athletico-PR.
Deu Flamengo, que vai para mais uma semifinal na temporada. É um time que tem bola, história e peso na camisa para chegar às duas finais, da Copa do Brasil e da Libertadores.
E aí vai um pedido: Tite, não esqueça de inscrever o Pedro na convocação definitiva para a Copa, por favor!
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