Topo

Casagrande

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Em mais um dia histórico, fui ao Anhangabaú defender a nossa democracia

Lula e Casagrande no comício do PT no Vale do Anhangabaú - Arquivo pessoal
Lula e Casagrande no comício do PT no Vale do Anhangabaú Imagem: Arquivo pessoal

Colunista do UOL

21/08/2022 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Ontem me senti de volta à juventude. Afinal, um dia após eu fazer 21 anos, em 16 de abril de 1984, estive no comício pelas Diretas Já. Não foi uma coincidência ontem estar no mesmo lugar, o Vale do Anhangabaú. Lá em 1984, a luta era pela redemocratização do país por meio da eleição direta para presidente. Agora, foi a vez de defender a nossa democracia.

Reencontrei diversas pessoas que sempre estiveram nessa luta. É sempre uma felicidade quando encontro o Eduardo Suplicy e a Luiza Erundina, dois grandes nomes da história da nossa política. Depois de 38 anos, estive em cima de um palanque junto com o mestre Juca Kfouri, esperando aquele momento marcante e emocionante do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, conversar diretamente com o povo, coisa que ele faz como ninguém.

Não era um oceano de gente, como foi em 1984, mas o Vale do Anhangabaú estava lotado. E aí vieram à cabeça alguns gritos daquela época, como "o povo unido jamais será vencido!". E é bem por aí mesmo: nada de violência, nada de armas, nada de ódio. A decisão honesta e respeitosa do povo será nas urnas, no dia 2 de outubro de 2022. E, como numa verdadeira democracia, quem perder terá de aceitar o resultado.

Sócrates, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Casagrande e o locutor Osmar Santos, no comício das Diretas, em 1984 - Renato dos Anjos/Folhapress - Renato dos Anjos/Folhapress
Sócrates, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Casagrande e o locutor Osmar Santos, no comício das Diretas, em 1984
Imagem: Renato dos Anjos/Folhapress

Apesar que estamos vendo coisas absurdas, como um grupo de empresários incentivando um golpe caso o Lula seja o vencedor da eleição. São pessoas que não têm a mínima ideia do que seja uma democracia, e muito menos do que significa liberdade. Falar em dar um bônus para os funcionários que votarem no atual presidente... E quem não quiser? Será demitido? Ou seja, o bônus não vai para quem trabalha melhor, mas para quem votou no candidato do patrão — um comportamento típico de ditadores.

Mas o que eu quero destacar é o entusiasmo e a energia de quem saiu de casa e enfrentou 9 graus em São Paulo para marcar sua presença num dia que ficará para a história. Estamos defendendo a nossa democracia com toda força e resistência possíveis, contra a mentira e a covardia de quem governa o Brasil nesse momento.

Direito de resposta

Bom, como já falei diversas vezes, não respondo a ninguém por redes sociais, a não ser quando vejo preconceito e valores invertidos de quem fala.

Nessa semana, escrevi aqui no UOL uma coluna com críticas ao Neymar. Porque, para mim, um jogador que curte críticas de torcedores ao seu companheiro na internet é traiçoeiro.

Sempre respeitei e respeito opiniões diferentes, mas não respeito quem deixa de opinar e ofende.

O Zé Love saiu em defesa do Neymar dizendo que só falo m**** — ou seja, quem fala coisas diferentes do seu pensamento fala m****, Zé Love?

Também não entendi quando ele disse que não sou exemplo para ninguém. É por causa do meu passado com abuso de uso de drogas, mesmo eu estando limpo há anos? Ou há outro motivo para falar isso? Porque me pareceu uma insinuação preconceituosa.

Você, Zé Love, se irritou porque critiquei o Neymar, mas não te irrita o caso do Robinho? Um cara que foi condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália e que está passeando livremente pela praias de Santos e do Guarujá, jogando futevôlei?

Não vou me estender, mas gostaria de dizer que se você acha que eu só falo m****, fale então você algo que tenha alguma serventia.