Topo

Casagrande

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Terrorismo de Roberto Jefferson é amostra de mais quatro anos com Bolsonaro

Roberto Jefferson com o presidente Jair Bolsonaro - Reprodução/Facebook
Roberto Jefferson com o presidente Jair Bolsonaro Imagem: Reprodução/Facebook

Colunista do UOL

24/10/2022 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Roberto Jefferson deu início ao movimento de terrorismo no Brasil através do desespero bolsonarista, que está vendo a derrota chegando.

O ex-deputado, que cumpria prisão domiciliar porque é réu no inquérito das fake news, foi alvo de uma operação da Polícia Federal um dia depois de fazer ofensas grosseiras e covardes à ministra Cármen Lúcia, do STF.

Ele tentou sair dessa situação como mártir, ajudado pela filha, buscando criar um clima de injustiçado. Mas, na verdade, o que ele tentou foi iniciar uma revolta de ódio, assim como aconteceu no Capitólio, em Washington, depois da derrota de Donald Trump (que está com a vida muito complicada nos Estados Unidos) para Joe Biden nas eleições americanas em 2020.

Felizmente Roberto Jefferson fracassou, da mesma forma que os militares fracassaram na tentativa de atentado ao Riocentro, em 30 de abril de 1981.

Isso faz parte do processo de uma tentativa golpista já planejada desde quando Bolsonaro facilitou a compra de armas com certificado de colecionador, atirador esportivo ou caçador. Com isso, a população carregada no ódio está em alerta para ter um comportamento como teve o ex-deputado.

Foram assustadoras as falas de Roberto Jefferson, assim como a sua fisionomia, seus olhos arregalados, demonstrando que está ali para qualquer coisa. Ele deu tiros de fuzil e jogou granadas nos policiais federais. Esse indivíduo se tornou uma pessoa de alta periculosidade para a nossa sociedade.

E, como sempre, Jair Bolsonaro mente descaradamente. Roberto Jefferson é um apoiador ferrenho dele, e existem diversas fotos dos dois juntos, se cumprimentando e sorrindo.

A presença do ministro da Justiça, que não tinha nada para fazer lá na casa do ex-deputado, foi uma tentativa de retardar todo o processo da prisão desse criminoso — que, felizmente, acabou preso pela Polícia Federal.

O golpe desse ex-deputado já está em curso desde quando ele se candidatou à presidência, mesmo sabendo que não poderia, só para colocar na disputa um boneco vestido de padre para ajudar Bolsonaro nos debates.

E agora eles querem tumultuar a semana decisiva das eleições.

Os apoiadores de Bolsonaro agrediram jornalistas na porta da casa do ex-deputado, tentando impedir que fizessem o trabalho de filmar e fazer matérias, ou seja, tentaram impedir a informação. Esse comportamento destrói completamente a fala de Bolsonaro, que diz defender a liberdade de expressão.

E ele ainda recebeu apoio de um amigo "ilustre" de Jair Bolsonaro. Sim, Queiroz. Ele mesmo: aquele dos cheques inexplicáveis para Michelle Bolsonaro. Aquele que era um fugitivo importante e depois de preso, nada falou, e ainda foi solto. Ele mesmo, que foi candidato pelo PTB (partido de Jefferson) a deputado estadual, mas não se elegeu.

Em defesa do ex-deputado, Queiroz falou que Roberto Jefferson é vítima de perseguição arbitrária, e ainda terminou sua fala com o lema fascista, usado também pelo presidente, seus apoiadores e aliados: "Deus, família e liberdade". Cala a boca, Queiroz!

Roberto Jefferson, portanto, é o modelo de comportamento dos apoiadores do candidato à reeleição. Eles querem o tumulto, a guerra, a violência, a destruição, ataques a opositores e às instituições.

As pessoas que ainda têm alguma dúvida estão vendo o cenário que o Brasil terá caso votem em Jair Bolsonaro e, com os seus votos, ele ganhe a eleição.

Não vai adiantar o arrependimento depois, não vai adiantar tentar arrumar justificativa para esse erro. Não terá como projetar em ninguém essa escolha errada. Serão cúmplices de todo o terror que iremos passar por mais quatro anos.

Não existirá consciência tranquila que tire o sentimento de culpa pela destruição do nosso país.

Vocês têm uma semana para perceber o erro que irão cometer e mudar o voto. São sete dias para salvar o Brasil.

Roberto Jefferson representa os bolsonaristas armados que estão soltos pelas ruas.

O futuro do Brasil está nas mãos dos indecisos, daqueles que pensam em votar em branco, das pessoas que estão pensando em talvez não ir votar. Esse grupo decidirá se viveremos democraticamente ou em uma ditadura violenta.

Se vamos viver ou apenas tentar sobreviver.

Se vamos poder respirar ou se vão nos sufocar.

Prestem atenção em tudo o que está acontecendo e o que ainda pode acontecer.

Não importa se gostam ou não do PT, se gostam ou não do Lula.

Jair Bolsonaro representa tudo de mau que existe em um ser humano.

Vamos salvar o nosso Brasil. É hora de votar no Lula. É hora de votar 13.