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Mesmo sem o craque e cidadão do mundo Sadio Mané, Senegal está nas oitavas
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Na rodada desta terça-feira começamos a conhecer os outros classificados da Copa do Qatar — França, Brasil e Portugal já estavam garantidos nas oitavas de final.
Antes de começar a Copa, todos nós acreditávamos e torcíamos para a classificação da Holanda e Senegal no Grupo A. A torcida pelo time holandês é porque adoramos essa escola futebolística, pelo menos é o meu caso!
Sou daqueles que conheceu a ascensão desse futebol vistoso, gostoso de assistir, com o maravilhoso carrossel holandês, que chegou em duas finais seguidas, em 1974, na Alemanha Ocidental (ainda existia a Cortina de Ferro e o Muro de Berlim), e em 1978, na Argentina, com craques inesquecíveis como Johan Cruijff, Johan Neeskens e Rob Rensenbrink, que eliminaram a seleção brasileira da final.
Depois veio outro time fantástico, que foi mal na Copa de 1990, na Itália, mas foi campeã da Eurocopa de 1988, na Alemanha, jogando muita bola com Ruud Gullit, Marco Van Basten e Frank Rijkaard.
Como esquecer os confrontos fantásticos contra o Brasil em 1994 (Estados Unidos) e em 1998 (França), também com grandes jogadores como Dennis Bergkamp, Patrick Kluivert e Aron Winter?
Sem contar o time da Copa de 2010 (África do Sul), que foi vice-campeão (e eliminou o Brasil), com grandes jogadores. Um deles, Arjen Robben, teve o gol do título nos pés, mas desperdiçou — e a campeã do mundo foi a Espanha. Em 2014, no Brasil, as seleções se encontraram de novo, e a Holanda ganhou a disputa do terceiro lugar.
O time do treinador Louis Van Gaal conseguiu a classificação, mas longe de brilhar como os times que citei acima. Ganhou duas partidas, contra Qatar e Senegal, e empatou com o Equador sem jogar bem.
Claro que agora, no mata-mata, será uma equipe importante e difícil, mas terá que melhorar muito caso queira ir adiante na Copa. Para o espetáculo foi ótimo a Holanda ter passado, porque sempre será uma favorita a chegar até a final.
A outra seleção querida do grupo era Senegal, que também classificou mesmo sem o melhor jogador africano e grande cidadão do mundo Sadio Mané. Achei que a ausência dele iria atrapalhar uma possível classificação, deixando a segunda vaga para o bom Equador.
Mas, mesmo com a derrota para a favorita da chave Holanda, Senegal conseguiu duas vitórias seguidas, principalmente nesta última rodada, no confronto direto com a seleção sul-americana.
Senegal vai dar trabalho, mas não teria nenhuma dúvida de que iria bem longe na Copa com a presença do Mané. Mesmo assim demonstrou ser uma equipe forte e muito bem treinada, pois conseguiu passar sem o seu principal jogador.
Quero deixar a minha solidariedade à equipe guerreira do Equador. Como falei nos diversos programas que tenho participado durante a Copa, torci para a classificação para a próxima fase. Sou apenas um rapaz latino-americano, e por isso torço para as seleções da América do Sul na Copa do Mundo.
Na noite do Qatar se classificaram as duas seleções do Grupo B. Uma era certeza: a ótima seleção inglesa que venceu o País de Gales por 3 x 0, passando em primeiro do grupo. Falei ótima seleção porque a Inglaterra tem potencial e já mostrou em outras ocasiões um futebol atraente.
A Premier League é a liga mais difícil e importante do mundo, e isso mudou o estilo do futebol inglês. Na minha época de jogador, todas as seleções do Reino Unido jogavam com o famoso chuveirinho. Cruzavam a bola lá do meio-campo para ver o que acontecia, e hoje não é mais assim.
A Inglaterra tem um ótimo toque de bola, jogadores rápidos e dribladores pelos lados, e um centroavante que além de artilheiro, tem uma inteligência futebolística invejável, que é o Harry Kane.
Acredito que o English Team pode ir longe, porque tem uma forte carta na manga que é exatamente os gols do Kane.
Ele não fez nenhum na primeira fase, e artilheiros como ele estão acostumados a fazer muitos gols e de peso. Dificilmente passam em branco em uma competição como essa, e a qualquer momento pode começar.
Por fim, os ingleses fizeram o seu papel. Sem um futebol brilhante, mas saíram como líderes, e agora vão enfrentar Senegal nas oitavas. Será um jogo duro.
A outra vaga ficou com os Estados Unidos, na "guerra" futebolística contra o "inimigo" político Irã. Venceu por 1 x 0 e, quase no final, acabou se complicando, porque o time iraniano jogava pelo empate.
Os americanos não são uma boa equipe. Talvez seja a seleção mais fraca que já chegou numa Copa do Mundo, mas enfrentará uma Holanda que também não mostrou nada de bom nessa primeira fase. Então o time americano pode até surpreender.
Agora já é 1h da madrugada aqui no Qatar e estou com sono! Beijos a todos os brasileiros!
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