Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Fui o centroavante que fui por causa de Roberto Dinamite
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Mais uma grande tristeza bate dentro do meu peito. Estamos passando um período muito difícil desde o final do ano passado, com as mortes de Gal, Rolando Boldrin, Erasmo Carlos, Isabel, Pelé, e agora esse soco no estômago: a perda do meu grande ídolo como centroavante, Roberto Dinamite.
A primeira entrevista que ele deu para uma TV depois do diagnóstico do câncer foi para mim, no quadro Casão FC, que eu tinha no Esporte Espetacular (o vídeo está no meu Instagram). Mas também fiz uma entrevista com ele durante a pandemia, para o quadro Divide Tela, no GE.com.
Nessas duas oportunidades, tive a chance de falar direto para ele o que já havia falado em diversas entrevistas: que ele e o Leivinha foram as minhas principais referências de centroavante.
Mas não só isso. Falei que eu adorava a pessoa que ele era, amava o cara! Sou assim mesmo: amo as pessoas que merecem ser amadas. Virei amigo e conversarmos muito no período em que ele estava reagindo bem ao tratamento.
Sou um fã incondicional do jogador Roberto Dinamite. O maior artilheiro da história do Vasco, do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro.
Fazia gols de todas as formas, mas a sua marca principal era a batida de fora da área, fosse de falta ou com a bola rolando. Foi assim que, contra o Internacional no Maracanã, em 1971, o garoto Roberto ganhou o apelido de Dinamite.
Sempre observei os movimentos do Roberto, o jeito de bater na bola e o posicionamento. Foi por meio dos exemplos dele que me formei centroavante.
Jogamos contra diversas vezes, e foi dele que recebi um dos grandes elogios da minha vida futebolística.
Em uma entrevista para a revista Placar, perguntaram quem era o melhor centroavante do Brasil naquele momento. Ele respondeu: "É o Casagrande". Nunca mais me esqueci, foi muito especial para mim.
E agora faleceu por causa dessa doença cruel. Mas lutou forte, bateu de frente, não se entregou em nenhum momento. Enquanto teve forças, mostrou para esse mal quem era o Roberto Dinamite.
Roberto foi um cara espetacular e um jogador que deixou uma marca bem forte dentro da história do futebol mundial.
Numa partida do Campeonato Brasileiro de 1980, depois de pouco tempo de Barcelona, ele fez a reestreia no seu clube de coração, o Vasco da Gama, contra o meu time de coração, Corinthians. Era o dia 4 de maio.
Eu, então com 17 anos e jogador da base do Timão, assisti o jogo com o meu pai supercorintiano.
Depois do terceiro gol, comecei a torcer pelo Roberto, porque era incrível o que ele estava fazendo. Placar final: 5 x 2, simplesmente com 5 gols dele. Gosto de ver sempre esses gols no YouTube, porque é inesquecível para mim.
Sinto muita dor por mais essa perda. Nesse momento, não tenho como segurar as lágrimas. Passa um filme na cabeça da gente, e que filme lindo!
Vou sentir sua falta, meu amigo.
Meus sentimentos a toda a família.
Desejo muito amor para você, que nunca deixará de ser o nosso Roberto Dinamite.
Um beijo de um fã para o seu grande ídolo.
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