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Ex-clássico em Brasília decepciona, mas San-São na chuva salvou o domingo
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No domingo, escrevi um texto relembrando alguns jogos dos anos 1980 entre Portuguesa x Corinthians e, talvez por saudosismo desse clássico, até pensei que pudesse ser um bom jogo. Só de levar a partida para Brasília já dava para ver que o clássico perdeu a importância.
Uma semana atrás, escrevi que fazia tempo que não assistia a um jogo tão ruim como foi Santo André 0 x 1 São Paulo. Mas a partida no Mané Garrincha, no horário nobre dos jogos de futebol do domingo, foi muito pior. O estado do gramado não pode ser justificativa para um jogo tão ruim assim.
Na realidade, é a segunda partida fraca do Corinthians. Perdeu na quinta (9) por 2 x 0 para o São Bernardo e agora empatou sem gols com a Lusa.
O próximo jogo é quinta (16), na Neo Química Arena, simplesmente contra o Palmeiras, melhor time do Brasil no momento. Se jogar essa bolinha, vai ficar difícil bater de frente.
Renato Augusto, que havia feito uma grande partida na vitória por 2 x 0 contra o Botafogo-SP comandando o meio-campo, foi tão mal como todos.
Como as coisas mudam de um jogo para o outro, isso significa que, fora o time do Abel Ferreira, todos os outros estão irregulares nesse começo de temporada.
Já a Portuguesa, que tem 5 pontos, precisará melhorar muito para ficar na A-1 e espero que consiga, pela história que tem. Mas até agora só conseguiu uma vitória, dois empates — foram cinco derrotas. Precisa voltar a vencer urgentemente, senão vai dançar.
Na quarta (15), terá um confronto direto com a Ferroviária, que tem 4 pontos, no Canindé. Porque são os dois últimos do campeonato e, nesse momento, estariam rebaixados para a A-2.
Após Portuguesa x Corinthians, tivemos um San-São às 19h30, um horário nada nobre para um clássico de domingo. Foi um jogo estranho, pela forte chuva que não deu trégua e deixou o campo encharcado, e também pelas expulsões.
O São Paulo tem um time melhor que o do Santos, independentemente do que aconteceu no jogo. Fez uma boa partida, principalmente quando o Rogério acerta nas escolhas, como a de colocar o Galoppo como titular da equipe. A volta do Calleri também deixou o time mais agressivo.
O campo estava pesado, difícil para tocar a bola porque ela não rolava direito, e o Tricolor se adaptou muito mais rápido ao gramado do que o Santos.
Claro que tudo foi facilitado depois do belo gol do camisa 9 Calleri de cabeça, depois de uma saída ruim do goleiro João Paulo.
E, na sequência, teve o pênalti, com a expulsão do lateral Lucas Pires. Galoppo, o outro argentino do time, bateu muito bem, fazendo 2 x 0. E assim terminou o primeiro tempo.
No intervalo, o Odair Hellmann deu uma acertada no time até a expulsão do outro lateral João Lucas, depois de uma entrada violenta, com a sola por cima na perna do Calleri.
Aí com dois a menos e perdendo por 2 x 0 fica difícil para qualquer equipe, principalmente para o Santos que ainda está formando a sua equipe e, por enquanto, demonstra ser muito frágil.
Na sequência, a torcida começou a pedir o jogador Luan, que foi logo atendida pelo Rogério Ceni.
O jogo estava morno, caminhando para o final, quando Luan acertou um chutaço da entrada da área, fazendo o terceiro do São Paulo. Ficou claro pela sua comemoração que esse gol tirou um peso de suas costas. Agora ficará mais confiante e seguro para lutar por uma vaga no time.
No finalzinho, num vacilo do zagueiro Beraldo, que atrasou a bola para a área com muitas poças. O goleiro Rafael fez um pênalti, e Rwan diminuiu para o Santos, com o jogo acabando 3 x 1 para o Tricolor.
O time da Vila tomou seis gols em dois clássicos, 3 do Palmeiras e 3 do São Paulo, e está em último na sua chave, ficando numa situação difícil para conseguir a classificação e muito perto do rebaixamento.
Esse é o terceiro ano seguido que, no Campeonato Paulista, o Santos fica nessa situação. Ainda tem tempo para reagir, mas não pode errar mais.
Foram mais de 42 mil pessoas no Morumbi, sendo um público espetacular pela situação do tempo. Choveu a tarde toda e bem forte em São Paulo. E mesmo assim a torcida foi apoiar o seu time.
O Tricolor joga na quarta (15), em casa, contra a Inter de Limeira, enquanto o time da Vila na quinta (16), fora de casa, com o Santo André.
O campeonato está se afunilando e para o Santos é reagir já na quinta, para lutar pela classificação ou só pensar em não cair. Mas para um clube com uma história maravilhosa isso é muito pouco.
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