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Se Daniel Alves é inocente, por que tem quatro versões para o mesmo fato?
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Daniel Alves contou a quarta versão diferente sobre a acusação de estupro feita contra ele.
Não é um julgamento, mas uma pergunta muito pertinente: se não fez nada, se é inocente, por que ter quatro versões diferentes sobre o mesmo assunto?
Na quinta-feira (16), foi a primeira vez que a defesa afirmou que houve uma relação sexual com penetração entre o Daniel e a mulher de 23 anos que o acusa de agressão sexual.
As outras três versões contadas pelo Daniel Alves foram as seguintes:
1ª - Ele afirmou num vídeo exibido por uma emissora de TV que não conhecia a garota
2ª - Afirmou que esteve com ela no banheiro, mas que não houve contato
3ª - Daniel disse que houve sexo oral de forma consentida
Enfim, por que mentir?
Também foi na quinta-feira que aconteceu o encontro entre os advogados do Daniel e os da garota com o Ministério Público e os juízes no tribunal local. A defesa quer que ele espere o julgamento em liberdade, porque tem raízes na Catalunha e, portanto, não irá fugir.
Mas o Ministério Público Espanhol pede que Daniel continue preso, porque tem um poder aquisitivo alto e poderia fugir num jatinho particular.
E deram como exemplo o caso do Robinho, condenado na Itália a nove anos de prisão, em todas as instâncias, por estupro coletivo de vulnerável: ele fugiu para o Brasil, que não tem acordo de extradição de cidadãos brasileiros para o país europeu.
Aliás, finalmente a justiça italiana pediu ao governo brasileiro que Robinho cumpra sua pena no Brasil. Será um alívio para a sociedade brasileira e para todas as mulheres que já sofreram qualquer tipo de abuso, assédio ou estupro. Robinho precisa ser preso o quanto antes, porque com certeza irá tentar se esconder em algum canto do Brasil com a ajuda de amigos.
Era esperado que, nesta sexta (17), saísse uma definição sobre a permanência ou não de Daniel Alves na prisão. Mas como o UOL noticiou com exclusividade, a decisão sobre o futuro de Daniel Alves — se ele continuará preso provisoriamente ou aguardará o julgamento em liberdade — ficou para semana que vem.
O crime de estupro é abominável, violento, covarde e, por isso, precisa ser bem investigado, para não se cometer injustiça.
É horrendo também o comportamento de muitas pessoas que tentam desqualificar a palavra da vítima, tentando inverter as posições, julgando a roupa que a pessoa usava ou o seu passado.
Isso não tem a mínima importância, porque a violência sexual não é por causa da roupa, mas sim por perversão, arrogância, prepotência, soberba e mau caráter de quem comete esse crime.
A justiça precisa ser feita, seja ela qual for.
E, apesar de a vítima ser a garota e não o Daniel Alves, é preciso ficar claro que quem acusa é que precisa provar que aconteceu o crime, e não o acusado provar que é inocente.
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