Não sou carnavalesco, mas tive alguns carnavais que foram inesquecíveis

Chegou a festa mais desejada pela maioria do povo brasileiro!

O nosso Carnaval é conhecido no mundo todo e recebe milhares de turistas para curtir não só a nossa festa, mas também o nosso sol e as nossas praias.

Quando era adolescente, por volta dos 14 anos, comecei a ir nas matinês e também à noite no Carnaval de salão, que nas décadas de 1970 e 1980 eram muito populares. Pulava no Clube Esportivo da Penha e também no Corinthians.

Vou contar duas histórias bem legais que tive em época de Carnaval.

A primeira é sobre essa foto do início do texto.

Era 1985, e eu tinha acabado de voltar do São Paulo, uma ótima temporada, porque fui muito bem no Tricolor. Mas encontrei um Corinthians renovado e reencontrei muitos amigos.

Já estava namorando havia um ano com a Monica, minha ex-mulher, e com quem tive três filhos: Victor Hugo, de 1986, nascido em São Paulo; Ugo Leonardo, de 1989, que nasceu em San Benedetto del Tronto (Itália); e Symon, que nasceu em Turim (Itália) em 1993.

Fomos convidados pelos ex-jogadores Édson, que jogava comigo no Corinthians e na seleção, e o ex-zagueiro Rondinelli (o rei da raça flamenguista), para passarmos o Carnaval em São José do Rio Pardo, porque eles são dessa linda cidade.

Junto comigo foram o zagueiro Juninho (Corinthians) e sua mulher, Claudia.

Como naquele ano iria acontecer pela primeira vez o Rock in Rio, o maior festival de rock da América do Sul, resolvemos fazer um bloco chamado Rock in Rio Pardo.

Nos vestimos de metaleiros — o que para mim era normal —, fizemos uma faixa e fomos para o desfile. Foi superdivertido! Eu nunca tinha participado de um bloco de Carnaval, e só fui porque o tema era o rock and roll.

Depois do desfile fomos para o Carnaval de salão no clube da cidade e ficamos até de manhã, sem nenhum problemas e sem exageros. Tudo foi muito bacana.

A outra história é sobre essa linda foto em que estou com o maravilhoso Osmar Santos e o diretor social do Corinthians da época, sr. William Sesso.

O Carnaval no ginásio do Parque São Jorge era um dos melhores de São Paulo, e muitos jogadores iam para lá.

Sempre estavam o Serginho Chulapa, Basílio, Ataliba, meu saudoso amigo Sollitinho, obviamente eu, o Osmar Santos e todos os meus amigos do clube mesmo.

Conhecia toda a rapaziada da minha idade ali no Corinthians, porque praticamente cresci lá dentro.

A banda era do sr. Arlindo, pai de dois grandes amigos (Ocimar e João Gordo) que já faleceram, e se chamava Arlindo e seus Pinguins.

Ginásio lotado, muita diversão, paqueras da época, paz, amor, sem celular, redes sociais, internet... então a juventude daquela época se sentia muito mais livre mesmo.

Não sou carnavalesco, mas adorava ir no Carnaval de salão, tanto no Clube Esportivo da Penha como no Corinthians, porque conhecia todo mundo. Ficava até a hora que acabava, mais ou menos às 5h da manhã.

Tenho também uma outra história de carnaval, de quando desfilei na escola de samba da minha área, a Nenê da Vila Matilde, em 1983. Mas preciso achar uma foto para poder ilustrar.

Bom Carnaval a todos, com muita paz e amor!