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Uma tarde na Liga Europa com show do Di María e o Old Trafford pulsando
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A tarde desta quinta-feira (23) começou com um show do ótimo jogador argentino Di María.
Um craque inteligentíssimo com a bola nos pés e na movimentação, sendo também muito criativo. Ele sempre aparece em partidas importantes e decisivas porque é um jogador de jogo grande.
Foi assim naquela final da Copa América (2021) em plena pandemia, fazendo o gol do título da Argentina depois de muitos anos sem ganhar nada, mesmo com grandes times. Ali foi uma enfiada de bola do Messi para Di María encobrir o goleiro Alisson em pleno Maracanã, só que vazio.
Ele era dúvida na lista final do treinador Lionel Scaloni para a Copa de 2022, no Qatar. A temporada não era lá essas coisas e também tinham dúvidas sobre as suas condições físicas. Foi até surpresa quando seu nome apareceu na lista definitiva da seleção argentina.
Mas acabou fazendo uma ótima Copa do Mundo, sendo um dos que colaborou para a recuperação moral e técnica da Argentina depois da derrota inicial para a Arábia Saudita por 2 a 1.
Seu ponto máximo no Qatar, sem dúvida, foi a final contra a França, com muito mérito do Scaloni. No primeiro tempo, Di María foi o cara da partida, destruindo com a seleção francesa, fazendo o gol e dando assistência para o do Messi. Todas as jogadas perigosas passavam por ele, que acabou sendo campeão do mundo merecidamente com a sua seleção.
Pela Liga Europa, a Juventus foi à França enfrentar a equipe do Nantes, e aconteceu mais um show desse ótimo jogador argentino.
Na semana passada, em Turim, o jogo terminou empatado por 1 a 1. A equipe italiana se classificou para as oitavas de final vencendo os franceses por 3 a 0, com três gols de Di María.
Mas não foi uma tripleta simples, porque o seu primeiro gol foi um dos mais lindos dos últimos tempos. Que golaço do bico da grande área do lado direito! De primeira, meteu de curva no ângulo do lado oposto. Sem palavras para esse gol do Di María.
Depois ele iria fazendo outro gol espetacular, deixando todo mundo caído. De calcanhar, ia marcando outro golaço, mas o zagueiro colocou a mão na bola. Pênalti, Di María 2 a 0. E, no final, a bola procurou o craque dentro da área. De cabeça, ele marcou novamente: 3 a 0.
Di María comandou o jogo todo, ditou o ritmo da partida e colocou a dinâmica que quis, classificando a Vecchia Signora para ir adiante na Liga Europa. E, na transmissão ótima como sempre da ESPN, estavam os meus amigos Vinícius Moura narrando, com Rodrigo Bueno e Carlos Eugênio Simon.
Depois do show do Di María, passei para Manchester United x Barcelona, na transmissão de Rogério Voguel narrando, Leo Bertozzi e Leonardo Gaciba.
O primeiro tempo foi devagar, principalmente para os ingleses que criaram muito pouco, errando muitos passes e com o seu melhor jogador do momento, junto com o Vinícius Jr, muito bem marcado e isolado.
O Barcelona teve o controle da posse de bola, levando mais perigo, mas fazendo o seu gol com um pênalti infantil feito pelo Bruno Fernandes. Lewandowski marcou e fez 1 a 0.
Foi um jogo com um ritmo mais lento do que estamos vendo com frequência, com pouca intensidade e, até certo ponto, decepcionante. Mas, no intervalo, o Ten Hag voltou com o Antony na direita e tudo mudou. Logo de cara deu para ver que a dinâmica do jogo mudou e que o United acertou o ritmo, chegando ao empate rapidinho com o brasileiro Fred.
Aí sim o Manchester começou a jogar, como fez na semana passada no Camp Nou, e como também está fazendo na Premier League. Marcando pressão, forçando o erro e roubando a bola rápido no campo defensivo do Barcelona.
Mas o jogo ficou aberto, porque o time do Xavi sofria mas não se abatia. Tanto que o De Gea fez uma defesaça num bela cabeçada do lateral francês Koundé.
Com esse susto, o Ten Hag resolveu mexer na equipe. Alterou o modo de agredir, colocando o argentino Garnacho. Saiu o Sancho, que não entrou no jogo em nenhum momento. Ele tirou também o lateral Wuan Bissaka e colocou o português Diogo Dalot, junto com o Antony pela direita.
Aí, meu amigo, o Manchester United virou um monstro! Começou a pressionar e, numa jogada que veio da esquerda para direita, a bola caiu na canhotinha do Antony, que deu um tapa chapado forte e cruzado: 2 a 1.
O Xavi também mexeu no seu time, tentando mudar o panorama do jogo que estava totalmente favorável para os ingleses. Tirou Sergi Roberto e colocou Ferrán Torres e tomou o gol. Logo em seguida, saiu o Raphinha para entrar Ansu Fati, mas estava difícil naquele momento segurar os Red Devils.
Não é fácil enfrentar o United no Old Trafford lotado nesse grande momento que o time está atravessando. E tudo isso sob os olhares do maior treinador da história do clube, simplesmente, sir Alex Ferguson.
A diferença do jogo foi que, no primeiro tempo, o Barcelona foi melhor, mas não agrediu. E, no segundo, o United foi melhor, mas muito mais intenso e agressivo.
No final, o Ten Hag tirou o Rashford, que saiu aplaudidíssimo, mesmo não fazendo um jogo do mesmo nível que fez ultimamente.
Mesmo com o domínio dos ingleses na última bola, foi por pouco que o Lewa (que não estava bem no jogo), não empatou a partida. E terminou Manchester United 2 x 1 Barcelona.
O Manchester é o time que está jogando mais na Premier League nesse momento.
O futebol europeu, quando é jogado devagar como o primeiro tempo do jogo, fica chato como os daqui. Mas ainda bem que é raro isso acontecer. Porque quando colocam a intensidade e a dinâmica que estamos acostumados a ver, fica um jogo de futebol maravilhoso, como foi o segundo tempo no Old Trafford.
Dois times pesadíssimos passaram de fase nesta quinta: Juventus e Manchester United. Espero que o sorteio não coloque um contra o outro, para termos a possibilidade dessas camisas pesadas estarem na final. Estou falando pela história que eles têm, mas a Liga Europa não é fácil e tem muito time bom na luta.
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