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OPINIÃO

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Com De Gea, Casemiro e Rashford em campo, todo sonho é possível

Casemiro posa com o troféu da Copa da Liga Inglesa - Glyn Kirk/AFP
Casemiro posa com o troféu da Copa da Liga Inglesa Imagem: Glyn Kirk/AFP

Colunista do UOL

26/02/2023 16h33Atualizada em 27/02/2023 09h08

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Hoje foi o dia do jogo mais esperado no momento. Newcastle x Manchester United decidiram o título da Liga inglesa em Wembley. E que jogo!

Uma intensidade incrível, um jogo aberto, uma verdadeira disputa de final.

O jogo estava equilibrado com o Newcastle criando mais chances, principalmente, com o rápido Saint-Maximin e uma grande defesa do goleiro Gea.

Mas logo depois numa falta lateral cruzada por Shaw na área, Casemiro entra de cabeça e faz 1 x 0 para o Manchester United.

Vou repetir o que escrevi esses dias: CASEMIRO É O JOGADOR MAIS IMPORTANTE É EFICIENTE DA SUA GERAÇÃO.

Mais uma final, outro gol, e um futebol espetacular.

É impressionante o que o Casemiro representa para todos os times em que joga. Aliás, não por acaso, foi eleito o melhor jogador desta final.

Essa é a primeira temporada dele com o Red Devils e já é o maior líder dentro de campo.

Depois disso, o United cresceu e não deu tempo nem para o Newcastle respirar.

Num contra ataque espetacular, em massa, do time do Ten Hag, o holandês Weghorst deixou o ótimo Rashford fazer 2 x 0.

Rashford e Vinícius Jr são os dois melhores jogadores do mundo depois da Copa do Qatar.

O jogador inglês está praticamente impossível de ser marcado e fazendo gols na grande maioria das partidas.

Com o jogo em 2 x 0, entra em ação toda a habilidade e técnica do brasileiro Antony e, quando o seu time está em vantagem, esse estilo do brasileiro cai como uma luva.

Sem contar que embeleza o espetáculo, claro que o adversário pira com isso, mas faz parte do jogo.

Umas das coisas importantes dessa final foi a volta do goleiro Karius, que não jogava uma partida de tal tamanho desde a final da Liga dos Campeões entre Real Madrid e Liverpool, quando falhou muito nos gols. O Newcastle abriu as portas para ele, que não teve culpa alguma nos dois primeiros gols do Manchester United.

Os Reds Devils dominaram, foram muito mais eficientes e mereceram sair ganhando nesse primeiro tempo.

Os times voltaram com estratégias bem diferentes. O Newcastle precisou sair mais para o jogo e tentar o mais rápido possível diminuir o resultado para entrar novamente na partida. Já o Manchester United entrou para marcar muito e sair no contra ataque ocupando os espaços deixados pelo time Eddie Howe.

O Ten Hag tem dos lados dois excelentes jogadores, técnicos, habilidosos, velozes e em grande fase: Antony e Rasford.

As mudanças do intervalo dos dois treinadores foram inteligentes e estratégicas.

Eddie Howe sacou o meio campo Longstaff e colocou mais um jogador alto e forte na jogada aérea: Isak. Ten Hag tirou o lateral Dalot —que já estava com cartão amarelo e estava marcando o Saint-Maximin, que era o jogador mais perigoso— e colocou Wan-Bissaka, que fez uma grande partida.

Com a pressão colocada, tanto Fred (depois Mac Tominay) como Casemiro ficaram determinantes, principalmente para dobrar a marcação dos lados para evitar cruzamentos na área. Também congestionou para não deixar enfiar a bola entre os zagueiros.

Na metade do segundo tempo, o jogo começou a ficar perigoso para o United por recuar demais. Mas quando partia em velocidade, chegava forte, com agressividade e batendo no gol de fora da área.

O jogo ficou muito brigado no meio campo, com o Newcastle tendo mais volume de jogo, mas sem conseguir criar nada. Enquanto isso, o United armava ótimos contra ataques, mas errava o último passe. O tempo foi passando, passando, passando...

A ansiedade dos jogadores e dos torcedores do Red Devils foi aumentando, afinal de contas, eram anos sem um título sequer.

A realidade é que o time do Ten Hag é melhor, está em grande fase e não dá para comparar a história e o peso da camisa do Manchester United com a do New Castle. Festa espetacular no histórico Wembley com o título da Copa da Liga Inglesa com a torcida cantando a música "Take Me Home, Country Roads", do John Denver.

Casemiro, definitivamente, é o cara das finais.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL