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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

A saudade é grande, assim como meu amor por todas as adoráveis mulheres

Walter Casagrande Jr e sua mãe, dona Zilda - Arquivo pessoal
Walter Casagrande Jr e sua mãe, dona Zilda Imagem: Arquivo pessoal

Colunista do UOL

08/03/2023 12h16

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"Mulherzinhas" é um livro lançado em 1868 por Louisa May Alcott (nasceu em 29 de novembro de 1832, na Filadélfia, e morreu em 6 de abril de 1888, em Boston), que continua mobilizando o público mesmo depois de mais de 150 anos.

Esse best-seller já foi adaptado para o cinema cinco vezes, para contar a história da transição da infância para a vida adulta das quatro irmãs da família March — Jo, Amy, Meg e Beth — durante a Guerra Civil Americana (1861-1865).

O primeiro filme contando a evolução das quatros irmãs foi As "Quatro Irmãs" (1933). Depois vieram "Quatro Destinos" (1949), "Adoráveis Mulheres" (1994) e "Little Women" (2018). E, por fim, a versão que mais gosto e que já assisti diversas vezes (quando não tem nada legal passando, eu assisto novamente) é "Adoráveis Mulheres", de 2019.

Esse último tem um elenco maravilhoso: Saioirse Ronan, Florence Pugh, Emma Watson, Eliza Scanlen são as quatro irmãs. Mas não para por aí: Laura Dern é a mãe das meninas e a fabulosa Meryl Streep é a tia das garotas.

Quem nunca assistiu, recomendo. Porque é uma história que representa as mulheres fortes, que vão à luta, são talentosas, independentes e corajosas, como muitas que conheço e de que sou amigo.

Conheci muitas adoráveis mulheres na minha vida. As primeiras foram a minha mãe, dona Zilda, minhas irmãs Zildinha e Zenaide, a minha avó, minhas tias e primas.

Com o decorrer da minha estrada fui conhecendo mulheres narradoras, repórteres, comentaristas, cinegrafistas, produtoras... todas muito talentosas.

Vejo e vibro com as conquistas dessas adoráveis mulheres, em todos os setores da sociedade mundial. Mas ainda existem alguns adversários perigosíssimos, como os machistas, estupradores e agressores. Muitos desses, por medo e pela dificuldade de aceitar o valor das mulheres.

A cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, porque as leis não as protegem.

Nesta quarta-feira é o dia internacional das mulheres, um dia que não é festivo, mas político.

Os parabéns que dou às mulheres é pela admiração e pelo respeito que tenho por essas guerreiras do dia a dia. Brancas, pretas, orientais, enfim, todas as mulheres.

Jamais esqueceria as mulheres que vivem em situação de rua, que ficam totalmente à mercê da violência machista, porque essas lutam pela sobrevivência delas, dos filhos que estão vivendo nas calçadas, embaixo de pontes, por todos os cantos do país.

Penso também nas adolescentes que foram torturadas, mortas e desaparecidas depois do golpe de 1964.

Na realidade, todas essas grandes mulheres são representadas na minha mente e no meu coração através da minha saudosa mãe.

Poxa, que adoráveis mulheres!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL