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Taça Guanabara para Diniz, gritos de burro para VP. Nada a declarar!
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Mais uma derrota do Flamengo e mais um título perdido na conta de Vítor Pereira.
Ele mexe muito mal em todas as partidas, e novamente terminou um jogo decisivo sem Gabriel e Arrascaeta em campo.
Será que ainda terá gente "passando um pano" para ele?
O Flamengo fez um bom primeiro tempo, pegando o Fluminense de surpresa com o esquema de marcação-pressão, quebrando o jogo de toque que o Fernando Diniz gosta. Saiu em vantagem com um belíssimo gol de Everton Cebolinha.
Só que no intervalo o time das Laranjeiras voltou diferente, não só na formação como também no estado de espírito, com uma ótima visão de jogo do Diniz. O time começou a ganhar corpo, conseguindo tocar a bola como gosta seu treinador, com muita movimentação.
O Fluminense foi envolvendo o Flamengo com um jogo mais rápido e com toques progressivos, ou seja, indo para frente, sendo mais agressivo.
Outra coisa que me chamou atenção foi o poder de reação. Mesmo perdendo por 1 a 0, o Flu manteve a calma e foi em busca de uma virada, porque só assim ganharia a Taça Guanabara. Com essa postura, empatou com seu artilheiro Cano, e com gol do ex-santista Pirani, virou o jogo como precisava.
Fernando Diniz foi muito bem. Mas, por teimosia, quase perdeu seu primeiro "título", colocando em campo Felipe Melo. Diniz acredita na experiência dele, mas Felipe é um jogador agressivo e que se perde muito rápido. Tanto que não ficou nem dois minutos em campo porque foi expulso.
Fica cada vez mais claro que o trabalho do Vítor Pereira não encaixou, nem evoluiu, e muito menos está no caminho, como ele mesmo disse depois da derrota para o Vasco no domingo (5).
Ele me parece completamente perdido. Quando eu disse, no último texto sobre ele, que está perdendo o fôlego e a torcida está perdendo a paciência, nessa nova derrota ficou bem claro.
Quando ele, erroneamente, tirou Gabriel e Arrascaeta, antes mesmo da saída dos dois jogadores começou a vaia e o grito clássico "burro, burro, burro".
Mas ficou pior ainda quando terminou a partida com a vitória do Fluminense. A torcida tricolor começou a gritar: "Ah, Vítor Pereira, ah, Vítor Pereira".
Por que isso? Simples. Essa situação já virou chacota, com a sequência de derrotas e perdas de títulos. Afinal, antes de chegar no mês de abril, o Flamengo já perdeu três decisões e foi eliminado na semifinal do Mundial de clubes pelo Al Hilal. Já o trabalho do Diniz está mais consistente e o Fluminense mereceu vencer a Taça Guanabara.
Eu faria duas perguntas, uma para o presidente e outra para o diretor de futebol do Flamengo: E agora, Rodolfo Landim? E você, Marcos Braz, tem algo a dizer?
O Flamengo entra campo com uma certa organização tática, mas isso se perde na primeira dificuldade no jogo. Dá a impressão de que não é um time, mas um amontoado de jogadores.
Não gostei também do desequilíbrio emocional que apareceu logo na primeira jogada, quando Gabriel deu um clássico pontapé no ótimo volante André e ainda chutou a bola em cima dele.
O Gabriel está reclamando demais, se jogando muito no chão, está querendo apitar jogo e toda hora que o árbitro apita contra o seu time, ele leva as mãos à cabeça como se fosse um absurdo, colocando a torcida contra o árbitro.
A responsabilidade maior, além de ser também do Vítor Pereira, é da incompetente direção do clube. Alguns jogadores nem deveriam ter sido contratados, como é o caso de Arturo Vidal, que não mostrou nada desde quando chegou na Gávea e não é mais um jogador para estar num clube como o Flamengo. Já passou seu tempo e reconheço que foi um dos grandes jogadores da seleção do seu país no seu melhor momento, mas agora não mais.
Como mudar o cenário degradante em que o Flamengo se meteu?
Daqui a pouco começa o Brasileiro, a Libertadores e a Copa do Brasil. Mas o Flamengo estará sem confiança, sem controle emocional, sem comando, em meio a uma grande crise entre torcida e comissão técnica.
Mas ainda terá a final do Campeonato Carioca, que agora sim virou um grande peso, uma obrigação, uma necessidade urgente de ganhar esse título para a sobrevivência desse trabalho, até agora muito fraco e muito menos no caminho certo, que o Vítor Pereira está fazendo.
Será que demitir o técnico é a solução?
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