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Southampton e Tottenham fazem um jogo incrível, mas Richarlison se machuca
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Sábado é sempre dia de Premier League. Por isso, acordei cedo, mas o jogo a que eu queria assistir começava só às 12h.
Dava tempo de tomar um café da manhã, assistir um documentário e finalmente assistir a um jogo que foi espetacular - e trágico também.
Tottenham x Southampton foi alucinante desde o início da partida, mas o primeiro tempo ficou marcado pelas contusões antes dos 35 minutos, sendo duas de cada lado - e uma delas foi a do brasileiro Richarlison.
Talvez seja até cortado do amistoso da seleção brasileira contra Marrocos, no próximo sábado (25), caso o Dr. Rodrigo Lasmar e o treinador Ramon Menezes achem necessário.
O Southampton está na última colocação da Premier League, em pleno desespero, mas, jogando em casa, e contando com o apoio da torcida e a entrega dos jogadores, não é presa fácil para nenhuma equipe.
As contusões dificultaram um pouco para as equipes entrarem no jogo e, quando tudo levava a crer que a primeira etapa terminaria sem gols, o ótimo jogador sul-coreano - e um dos grandes ídolos do time do treinador italiano Antonio Conte - Son achou um espaço, dando um passe incrível para o espanhol Pedro Porro fazer 1 a 0 para o Tottenham - e assim acabou.
Mas o segundo tempo começou numa grande intensidade, e logo no primeiro minuto, o time do treinador espanhol Ruben Séllez conseguiu chegar ao empate numa jogada muito rápida, finalizada com muita garra pelo camisa 10, Ché Adams, que chegou a colidir o joelho com a trave. Até pensei que teria sido grave, mas continuou no jogo normalmente.
Daí em diante a dinâmica do jogo foi fortíssima, sem que um time conseguisse ditá-la. Por isso, as estatísticas do final da partida foram muito próximas entre um time e outro.
A partida foi indo lá e cá, com marcação pressão dos dois lados e com muita agressividade. Até então, ninguém levava vantagem quando, aos 65 minutos de bola rolando, num cruzamento preciso do Kulusevski, o fantástico atacante Harry Kane subiu mais alto que todos os defensores para fazer um golaço de cabeça, colocando o seu time em vantagem (2 a 1).
O jogo continuou aberto porque, mesmo estando em último lugar, os jogadores do Southampton estavam entregando tudo o que podiam e, mesmo assim, aos 74 minutos, numa falha que quase todos os times cometem, o croata Perisic pegou o rebote (segunda bola) na entrada da área e bateu muito bem de esquerda, levando o Tottenham aos 3 a 1.
Todos pensavam que o Southampton estava entregue, porque é normal isso acontecer com times que estão jogando para fugir do rebaixamento e tomam dois gols seguidos e, como se diz no popular, "foi uma ducha de água gelada" esse terceiro gol.
Mas, em vez de se entregar, Ruben Séllez conseguiu tirar uma força física, psicológica e interna da garra de cada jogador e, claro, com as ótimas substituições que foram feitas, o time melhorou.
O Southampton foi para cima, empurrou o Tottenham para trás e encurralou a sua defesa; estava claro que iria fazer o segundo gol
E assim aconteceu aos 77 minutos - apenas três depois de levar o terceiro gol. Após uma bola escorada de cabeça por Sékou Mara, o atacante Walcott fez o gol que deu uma grande esperança de conseguirem algo que mais parecia impossível.
A pressão aumentou, mas as jogadas não saíam, apesar do domínio do Southampton; nos acréscimos (90+3), numa jogada que parecia tranquila, o volante Sarr foi dar um chutão para frente, um lance que daria a vitória ao Tottenham.
Só que foi antecipado por Maitland-Niles, e Sarr acertou a perna de Maitland-Niles. O árbitro foi muito bem em marcar esse pênalti - confirmado pelo VAR.
E Ward-Prowse bateu muito bem, dando uma pancada no ângulo esquerdo do goleiro Forster e empatando o jogo definitivamente em 3 a 3
Os jogos da Premier League prendem a atenção de todos porque os times não se entregam, os jogadores ficam focados o jogo todo e ninguém fica disperso em momento algum da partida.
Essa é uma das grandes vantagens desse campeonato; porque tudo pode acontecer em qualquer jogo, não importa a diferença técnica e nem da posição na classificação, os times jogam de verdade o jogo.
Aqui no Brasil, na minha opinião, o único time que consegue manter o foco é o Palmeiras com Abel Ferreira. Todos os outros são instáveis em relação a isso. Conseguem um, dois jogos e depois perdem o foco.
Essa deficiência não é de hoje, e o futebol brasileiro de seleção ou clubes deixou de ganhar vários títulos por causa disso.
Enfim, são coisas que devemos melhorar; e não estou falando só de jogadores de futebol, mas sim do nosso comportamento mesmo.
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