Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Daqui de fora, digo: seja bem-vindo ao mundo, Cleber Machado!
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Cheguei na Globo em julho de 1997 e saí em maio de 2022. Portanto, foram 25 anos trabalhando ao lado do Cleber Machado na maior parte do tempo.
Fizemos várias finais de Campeonato Paulista, Libertadores, grandes jogos de Campeonato Brasileiro, Pré-Olímpico, futsal e diversos programas.
O meu entrosamento com ele era ótimo, porque somos da mesma geração - apaixonados por futebol, cinema, música. Conversávamos muito sobre isso e usamos as vezes histórias do futebol em transmissões porque lembrávamos juntos dos mesmos momentos.
Na realidade, o Cleber para mim foi o melhor narrador com quem trabalhei depois do Galvão, e por anos foi o segundo narrador da TV Globo.
Fizemos um trio de muito sucesso na Copa de 1998, na França. Eu, Cleber e José Roberto Wright viajamos pelo país das lindas e talentosas irmãs Catherine Deneuve e Françoise Dorléac, que faleceu num acidente de carro em 1967, para fazermos os jogos.
Mas o Cleber começou a ter problemas parecidos com os meus, que foi começar a não estar mais em grandes jogos, chegando a não ir para a Copa de 2022, no Qatar. Isso foi uma tremenda injustiça, uma falta de consideração e de respeito com um grande profissional que, na minha opinião, sempre vestiu a camisa do Time Globo.
De uns tempos para cá as cartas começaram a ser marcadas, tanto para sair como para ter mais espaço.
Ter um time é bem diferente de se trabalhar com "preferências", que é diferente de ter afinidade. Como falei quando saí, o perfil do esporte da Globo havia mudado, e a nova direção tem todo o direito de escolher o estilo que quer dos seus profissionais.
Mas o importante é que o Cleber vai redescobrir o tamanho do mundo fora da bolha global, e isso não é uma crítica, é só um fato. Porque a melhor empresa para se trabalhar, por anos, foi a TV Globo, quando todos se sentiam seguros, acolhidos, protegidos e com confiança para realizar seu trabalho.
Falo isto não só das pessoas que aparecem no vídeo, mas também da produção, da técnica, enfim, de todos que fazem um jogo de futebol ir ao ar. Quem conseguiu trabalhar por muitos anos na TV Globo, como eu e o Cleber, por exemplo, não tem do que reclamar.
Sempre foi fácil comentar jogos com ele narrando e também quando comandava o ótimo Arena SporTV, porque os temas rolavam com naturalidade.
É impossível não conhecer quase tudo de uma pessoa com quem se trabalhou por 25 anos passando por momentos de muita emoção, alguns difíceis e outros muitos divertidos. É como se fosse um casamento, porque a gente passou anos trabalhando às quartas e aos domingos pelo Brasil afora, isso quando não estávamos juntos nos programas.
Durante todos esses anos também participávamos da mensagem de final de ano da Globo e era superengraçado. A gente brincava assim: quem quiser aparecer na mensagem precisa ficar ao lado do saudoso Tarcísio Meira e da sempre linda Glória Menezes, porque eles eram os principais em todos aqueles anos.
Para finalizar: não tenho dúvidas de que o Cleber Machado, em muito pouco tempo, já estará trabalhando de novo. Quem sabe não voltamos a fazer uma dupla aqui no UOL ou em outro lugar, como vai acontecer neste sábado (25) comigo, Galvão e o Tino na transmissão do jogo da seleção.
Seja bem-vindo ao mundo, Cleber!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.