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Brasileiros terão pela frente a empolgação dos argentinos campeões do mundo
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Vou escrever sobre os grupos da Libertadores.
O Flamengo, que está no Grupo A, vai nadar de braçada na primeira fase, porque caíram dois times estreantes na chave, o Aucas, do Equador, e o Ñublense, do Chile. O time brasileiro não terá problema algum para vencer dentro e fora de casa.
Mas terá dois jogos difíceis com o Racing, da Argentina, que é um time muito aguerrido e que coloca uma intensidade muito forte quando joga em casa. Para quem gosta do cinema argentino, o assassino do maravilhoso filme "O Segredo dos Seus Olhos" é torcedor fanático do Racing e é preso exatamente num jogo do seu time.
No Grupo B temos o Nacional, de Montevidéu, e o Internacional como favoritos para conquistar a classificação para fase eliminatória, com o Deportivo Independiente, de Medellín, correndo por fora, junto com o fraquíssimo Metropolitanos, da Venezuela.
Na minha opinião, o time gaúcho tem tudo para pegar primeiro da chave, mas para isso terá que melhorar muito o estado emocional e mental, porque as dificuldades aparecerão e a reação não pode ser como foi contra o Caxias.
O Palmeiras pegou times melhores no Grupo C do que as últimas vezes, mas nada que possa colocar o time do Abel Ferreira em risco. Mas serão jogos complicados, principalmente fora de casa. Já na estreia vai à altitude de La Paz enfrentar o Bolívar - mas o problema não é a equipe boliviana e sim a dificuldade para respirar lá em cima.
O Cerro Porteño, do Paraguai, tem mais história do que time ultimamente, e acho que não causará problemas para o Palmeiras. Considero o Barcelona de Guayaquil o adversário mais complicado do grupo, mas que não ameaçará a liderança do time brasileiro.
O Grupo D, com River Plate, Fluminense, The Strongest (Bolívia) e Sporting Cristal (Peru), não será simples para o time de Fernando Diniz. Será um teste verdadeiro do estilo agradável da equipe numa competição muito difícil.
É na Libertadores que teremos uma ideia da competitividade que o Fluminense tem e do poder das ideias do Diniz. Não será simples chegar à classificação, porque terá pela frente um rival que sempre entra como favorito, que é o caso do River. Ainda terá que encarar a altitude de La Paz e uma equipe peruana tradicional e difícil de se enfrentar.
Vamos analisar agora o Grupo E, do Corinthians, que não será nada fácil. Não só pelos adversários, mas também porque um time que foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista pelo Ituano (que quase caiu para a Série A2) deixa muitas dúvidas.
Nesse grupo tem o Independiente del Valle, atual campeão da Sul-Americana (contra o São Paulo) e da Recopa (contra o Flamengo), e que é o favorito a chegar em primeiro.
Ainda tem o Argentino Jrs, complicadíssimo de enfrentar, principalmente na Argentina, e o Liverpool de Montevidéu, com quem o Timão estreia, fora de casa. Para não se complicar, o Corinthians precisa vencer o time uruguaio, que é o mais fraco do grupo, logo na estreia, e depois na volta, na Neo Química Arena.
O Grupo F, que tem o Boca Juniors, é tão fraco quanto o do Flamengo, e não vejo problema algum para o time do diretor Riquelme e do treinador Ibarra. Disputará a liderança com o Colo Colo do Chile, que é inferior ao Boca. Os outros times são Monagas, da Venezuela, e o Deportivo Pereira, da Colômbia, que não serão problema para o time argentino.
Agora vem o Grupo G, que é muito complicado. Nele, temos Athletico e Atlético-MG, que vão brigar ponto a ponto para conquistar o primeiro lugar. Mas vão enfrentar dois adversários complicados: Libertad, do Paraguai, e o Alianza Lima, do Peru. Esses dois podem atrapalhar a trajetória dos brasileiros, que não podem perder de forma alguma para eles para evitar problemas.
O último grupo é o H, que tem dois times que brigarão pela liderança: o Olímpia, do Paraguai, e o Atlético Nacional, da Colômbia. Serão dois campeões da Libertadores contra duas equipes bem fracas, o Melgar, do Peru, e o Petronato, da Argentina.
Bom, o Flamengo está tranquilíssimo em um grupo fácil demais para a potência do time carioca.
O Palmeiras terá jogos mais difíceis, mas não vejo problema algum para o Verdão ser o primeiro do grupo.
O Internacional terá jogos problemáticos, mas não acredito que se complique.
Agora, Corinthians e Fluminense terão sérias dificuldades para ir adiante, e acho que um dos dois pode ficar em terceiro e disputar a vaga para a Sul-Americana.
Vejo Athletico e Atlético-MG se digladiando para buscar o primeiro lugar, mas precisam prestar atenção no Libertad, que correrá por fora e pode se aproveitar da guerra entre os brasileiros.
Para finalizar, quero deixar aqui uma visão sobre os times argentinos.
Será muito difícil de enfrentá-los, porque a seleção argentina foi campeã do mundo no Qatar e a atmosfera futebolística do país mudou.
A empolgação dos jogadores e dos torcedores é outra, e eles enfrentarão os brasileiros com toda força para acabar com a hegemonia recente dos nossos times.
Por isso, acho mais difícil termos dois times brasileiros na final da Libertadores, como aconteceu nas últimas três decisões (Palmeiras 1 x 0 Santos, em 2020; Palmeiras 2 x 1 Flamengo, em 2021; Flamengo 1 x 0 Athletico, em 2022).
Acredito que possa voltar a aparecer um argentino na final, sendo o River Plate o mais provável de chegar. Foi o último time da Argentina em uma decisão de Libertadores, em 2019, quando perdeu para o Flamengo por 2 a 1, em Lima (Peru).
Agora a história é outra, porque enfrentaremos os clubes do atual campeão do mundo.
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