Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Como não sei de pôquer, só escrevo sobre jogadores de futebol em atividade
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Sinceramente, a vida atual do Neymar não me chama mais atenção. Porque tudo o que falei e escrevi sobre ele durante todos esses anos era em cima de um jogador considerado supercraque, em quem o torcedor brasileiro depositava muita esperança e esperava que fosse conseguir dar o hexa mundial para o Brasil. Mas nada acontecia.
Eu ficava indignado com isso, porque via que ele, um jogador supertalentoso, estava entrando numa estrada que lhe traria muito dinheiro mas que também estava o distanciando do torcedor brasileiro e mundial.
Quando falei que era mimado, recebi muitos ataques e críticas. Mas estava percebendo o que a grande maioria se recusava a enxergar por diversos motivos diferentes. Depois de alguns anos, todos falam a mesma coisa, ou seja, que ele é mimado mesmo.
Alguns preferiram ficar refém dele e de seu staff para conseguir entrevistas e matérias, então fingiam que não viam nada e, quando precisava, defendiam seus comportamentos debochados e desrespeitosos.
Outros não o criticavam com medo de serem perseguidos, como eu sou, e perder seguidores. Mas também tinham aqueles que viam um talento gigantesco que nunca conseguiu se desenvolver de verdade.
Continuei fazendo as minhas críticas quando ele fez a sua primeira cirurgia e, durante a fisioterapia, preferiu ir para um camarote no carnaval da Bahia — lá, ficou agarrado numa grade, agachando e levantando em cima do pé operado madrugada a dentro.
Claro que isso revoltou a torcida francesa, teve péssima repercussão na imprensa e ele precisou voltar, mesmo que contra a vontade, para assistir a eliminação do PSG para o Manchester United, fingindo um comprometimento que na realidade nunca teve.
Depois do jogo, ofendeu e tentou invadir o vestiário dos árbitros. Por isso foi notificado na súmula e pegou alguns jogos de suspensão nas primeiras partidas da Champions na temporada seguinte. Daí em diante foram várias contusões e sempre nos momentos decisivos do PSG na Champions League.
Fora isso, demonstrava todos anos (mesmo negando), uma grande frustração por não concorrer a Bola de Ouro. Sempre postava no mesmo momento da premiação vídeos fazendo outra coisa, debochando, como se dissesse: " Olha como estou preocupado".
Outro momento em que fiz sérias críticas a ele foi na Copa da Rússia, em 2018, quando virou meme mundial com o cai-cai. Até quando estava jogando se comportava da mesma maneira.
Mesmo assim, boa parte da imprensa e da torcida acreditavam que o Brasil poderia ser campeão por causa dele. Mas o que conseguiu foi a Copa das Confederações de 2013, vencida no Maracanã contra a Espanha. Fora isso, com ele em campo, não ganhamos nada com a seleção profissional e nem chegamos perto de uma final de Copa.
Outra crítica que fiz foi quando ele postava que estava jogando pôquer de madrugada, mesmo tendo treino pela manhã no PSG, sem ter nenhum respeito pelos companheiros e torcedores de seu time.
Estranhava também as notícias, claramente plantadas, sempre que ele estava sendo muito criticado, como foi um dia após a derrota por 1 x 0 para o Bayern, em Paris, na atual Champions.
Ele foi o pior em campo e a notícia foi que o Chelsea iria pagar uma fortuna por ele. Depois não saiu mais nada. Assim como foi durante o Carnaval, em que noticiaram que a Grande Rio iria homenageá-lo com o enredo em 2024, antes mesmo de saberem qual escola teria sido a campeã. De cara percebi que era uma notícia plantada e logo depois a própria escola desmentiu essa informação.
Critiquei também quando o Brasil foi eliminado pela Croácia e ele chorou, dizendo que estava triste e decepcionado. Mas, chegando no Brasil, engatou três festas seguidas. A volta antecipada de Mbappé ao PSG, que havia sido vice-campeão e artilheiro da Copa, forçou a sua volta também, porque estava pegando mal para ele.
Voltou a jogar sem brilho, acabou se machucando e operando o tornozelo novamente.
Bom, agora chegou o momento de explicar por que o Neymar não me interessa mais.
Como falei no início, só me interessava enquanto estava jogando futebol, mas agora ele virou jogador de pôquer, e não sou comentarista de jogos de cartas.
Se ganhou ou perdeu mais de R$ 5 milhões, o problema é dele, não meu. Se finge que está chorando porque perdeu dinheiro, debochando como quem diz, "Tanto faz, tenho muito e ganharei mais".
Agora estão dizendo que foi uma ação de marketing, me parece mais para solucionar a péssima repercussão. Mas, se foi mesmo uma ação, é de péssimo gosto, pela situação atual do mundo. É um deboche pior do que se fosse verdade. Um cara que se submete a fazer isso não tem a mínima noção do que se passa ao redor do mundo, é uma vergonha.
Se isso é falta de respeito com o povo brasileiro, também é só problema dele.
Se enquanto ele está em recuperação, varando a madrugada jogando pôquer, e o Messi está sendo idolatrado pelo povo argentino e também pelo mundo afora, não é da minha conta.
Não me diz respeito se o Cristiano Ronaldo, com 38 anos, continua batendo recordes de gols e de presenças pela seleção portuguesa, enquanto Neymar prefere ficar perdendo dinheiro jogando cartas e debochando de jornalistas que o criticam com toda razão.
Também não é da minha conta se sempre que ele recebe críticas, as fotos que colocam nas matérias é dele fazendo caretas, colaborando com o deboche que o mimado Neymar faz aos colegas jornalistas.
Eu só comento e escrevo textos sobre jogadores de futebol em atividade, e não de profissionais do jogo de pôquer.
E não estou debochando como ele faz com as pessoas, porque não sou assim e respeito todos os profissionais.
Mas é porque só me interesso por atletas do futebol, basquete, vôlei, tênis, futebol americano, e não por jogadores de pôquer, pelo simples motivo de que não tenho conhecimento algum sobre jogos de cartas.
Parabéns ao Cristiano Ronaldo e Messi, que realmente são gênios da bola e continuam mostrando isso em campo, encantando todos os que são apaixonados por futebol.
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