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Milan faz partida perfeita e impõe segunda derrota seguida ao Napoli

Bennacer comemora o gol da vitória do Milan sobre o Napoli na Champions League - Emilio Andreoli/Getty Images
Bennacer comemora o gol da vitória do Milan sobre o Napoli na Champions League Imagem: Emilio Andreoli/Getty Images

Colunista do UOL

12/04/2023 18h16

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Milan x Napoli começou numa forte intensidade dos dois lados, e isso ficou claro porque em apenas 8 minutos de jogo os dois times marcavam forte e saiam com muita agressividade para o ataque.

Logo de cara o time napolitano já havia criado duas grandes chances de gols enquanto o time milanês respondia na base da força.

O treinador Stefano Pioli sabia muito bem que uma vitória no San Siro nesse primeiro confronto seria imprescindível para ir até ao estádio Diego Armando Maradona e montar um esquema parecido com aquele que poucas semanas atrás goleou o Napoli por 4 a 0. Já Luciano Spalletti acreditava que aquela derrota era pontual, e colocou o seu time para buscar a vitória e mostrou isso desde o início do jogo.

O primeiro se desenhou com o Napoli chegando no toque de bola, com movimentação e batendo da entrada da área. Enquanto o Milan tinha a armadilha do contra-ataque pronta, principalmente com o português Rafael Leão. Aos 39 minutos, encaixou um contra-ataque perfeito, com velocidade e mudança de lado para confundir a defesa, que ficou perdida sem saber para onde olhar e nem para onde ir.

A bola foi da direita para esquerda até os pés do Bennacer, que bateu muito forte - mesmo chegando, o goleiro napolitano não conseguiu evitar o 1 a 0 para o Milan.

Depois desse gol o jogo ficou muito tenso, mas com o Milan melhor, e que só não fez o segundo gol porque a trave não quis. A violência da cabeçada do zagueiro Kjaer passou que nem um raio pelo goleiro, que só escutou o barulho da bola batendo com toda força no travessão e voltando ao chão.

O Napoli iniciou melhor a partida em todos os sentidos, mas nos últimos 20 minutos só deu Milan, que mereceu ir para o intervalo vencendo.

O segundo tempo começou do mesmo jeito que o primeiro: uma pressão enorme do time napolitano empurrando o Milan para trás, marcando a saída de bola e forçando o erro de passe.

Mas o time milanês fazia duas linhas de quatro, protegendo a entrada da área e muito mais armado para uma arrancada de contra-ataque do que antes.

O time do Spalletti é mais técnico, intenso e envolvente, mas deixa espaço. E a principal arma do time do Pioli é exatamente a velocidade e a rapidez do ataque, pegando quase sempre a defesa adversária desarmada e correndo para trás. Um confronto interessante de estratégias que se encaixam entre os dois times.

Com o passar do tempo, o Napoli foi se perdendo emocionalmente até o jogador Anguissa fazer duas faltas seguidas no francês Theo Hernández e tomar o cartão vermelho, deixando o seu time com 10 jogadores faltando 15 minutos para o final do jogo.

Com isso, o Milan mudou a estratégia e a postura. Começou a atacar e apertar a saída de bola, deixando o Napoli com muita dificuldade no jogo.

Taticamente e fisicamente o Milan fez uma partida perfeita, fechando todos os espaços na frente da área e deixando os lados para os duelos individuais.

Já o Napoli é uma equipe de toque e que tenta muito entrar por dentro, chamando a tabela, com jogadas individuais, principalmente com o georgiano Khvicha Kavaratskhelia (que foi dominado pelo lateral Calabria). Mas, quando não tem espaço, entra em dificuldade.

Os jogadores do Milan se entregaram totalmente na marcação, com toda humildade, tentando não deixar o time napolitano jogar e depois sair no contra-ataque, mesmo atuando em casa, no histórico San Siro.

É a segunda vez seguida que o time milanês vence o primeiro colocado e virtual vencedor do scudetto 2022/2023.