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OPINIÃO

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Corinthians é frágil e prevísivel. É difícil que vá longe nesta temporada

Róger Guedes, do Corinthians - Mateus Bonomi/AGIF
Róger Guedes, do Corinthians Imagem: Mateus Bonomi/AGIF

Colunista do UOL

13/04/2023 12h00

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É difícil achar que esse time do Corinthians irá chegar a algum lugar na temporada. Não tem brilho, não tem criatividade, é um time frágil e totalmente previsível.

Como escrevi no texto anterior a essa partida, contando a história da vitória do Remo por 1 a 0 em 1975, jogar em Belém do Pará nunca é fácil pelo calor, pela distância e obviamente pela empolgação local por receber o Corinthians depois de muitos anos.

Claro que o Remo estaria supermotivado para esse jogo. Mas os tempos são outros e atualmente o time azul paraense está na Série C do Campeonato Brasileiro.

Também é verdade que o Corinthians vem dando sinais graves de que o ano será difícil, mas essa diretoria varre tudo para baixo do tapete.

O time foi eliminado em casa no Campeonato Paulista pelo Ituano, que até a última rodada da fase de classificação correu risco de rebaixamento.

É um time que, sem o Renato Augusto, não cria nada ou quase nada. Não chuta de fora da área, não apresenta personalidade e nem passa confiança para os fiéis torcedores.

Foi outro vexame perder por 2 a 0 para o Remo, que mereceu a vitória porque dominou praticamente o jogo todo, correndo pouquíssimos riscos de perder a partida. Só o Róger Guedes procurou soluções agressivas, que para um time como o Corinthians é muito pouco.

A vitória contra o fraquíssimo Liverpool, em Montevidéu, pela Libertadores foi enganosa, porque não dá para se ter um parâmetro vencendo um time sem nenhuma expressão.

O que esperar desse Corinthians? O torcedor confia neste trabalho? Tudo precisa ser avaliado bem rapidamente, porque o time não está demonstrando consistência e oscila demais.

Está faltando personalidade e, sem isso, um time não chega a lugar nenhum.

Agora já terá um jogo decisivo, daqui 15 dias, para reverter um resultado de 2 a 0 favorável ao Remo na Neo Química Arena. Tem muita possibilidade de conseguir, mas na bola não está passando essa confiança.

No ano passado conseguiu essa reversão contra o Atlético-GO e chegou até a final da Copa do Brasil, e também não passava confiança.

Está tudo incerto para o Corinthians na temporada. E o time melhorar com urgência, porque o Campeonato Brasileiro é traiçoeiro. Domingo (16) já enfrenta o Cruzeiro pela primeira rodada. Para passar confiança ao seu torcedor, precisa conquistar a vitória com um futebol convincente.

O Fernando Lázaro talvez precise arrumar uma alternativa tática para suprir ausência do Renato Augusto, e não somente escalar outro jogador para a função. O elenco do Corinthians carece de jogadores criativos, então ele deveria ajeitar o modo de o time jogar.

Talvez um quadrado no meio-campo com Maycon, Fausto Vera, Adson e Giuliano possa, pelo menos, dar mais chegada na área.

O Paulinho não é um jogador criativo e nem um meia para encostar no atacante. Suas principais virtudes são se apresentar como elemento surpresa dentro da área e ter uma jogada aérea importante, como demonstrou em partidas decisivas, principalmente na Libertadores de 2012.

Acho que o Corinthians precisa começar a pensar numa reformulação para a próxima temporada. Dos mais veteranos, eu ficaria só com o Renato Augusto para se formar uma nova equipe.