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Vítor Roque e Terans marcam, mas o herói do Athletico foi o goleiro Bento
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Que começo de jogo foi esse entre Athletico x Atlético MG!
A Arena da Baixada é linda, com uma torcida sempre empolgada e fervorosa. É muito lindo ver essa arena lotada.
Falando do jogo: começou com falhas das defesas, deixando os goleiros na roubada. Mas o Furacão é um time mais sólido, organizado e agressivo, sem contar que tem como centroavante a grande revelação do futebol brasileiro, o garoto Vitor Roque.
É um jogador já pronto, que tem boa experiência. Só tem 19 anos e pouco marketing, o que não é nenhum problema. Foi injustiçado nos prêmios do Campeonato Brasileiro do ano passado, porque a verdadeira revelação foi ele.
Na primeira bola que teve para agredir a defesa do Galo, foi para cima com toda confiança e bateu cruzado, fazendo 1 a 0 para o Furacão.
Depois o jogo deu uma equilibrada e com espaço para se jogar, apesar de os dois times estarem marcando pressão e forçando o erro de passes.
O Atlético-MG continuou sofrendo para criar jogadas, mesmo com a tentativa do Coudet de fazer um meio-campo mais leve e móvel, escalando o Battaglia no lugar do Otávio.
Mas o maior defeito que o Galo vem apresentando é a falta de concentração no início das partidas. Tomou gol antes dos 10 minutos de jogo contra Libertad e Vasco, perdendo os dois jogos, e levou esse gol de novo contra o Furacão.
Também vem mostrando fragilidade defensiva, com os adversários se aproveitando desse momento ruim para colocar uma agressividade maior.
Seguindo com jogo: numa jogada duvidosa com o árbitro e o VAR demorando uma vida para decidir, mas no final das contas foi marcado o pênalti corretamente. O uruguaio Terans bateu bem e fez 2 a 0 para o Athletico.
Depois desse gol o jogo ficou bem mais intenso, tenso, brigado, e com um lá e cá enorme. O pior para o técnico Coudet foi que quando o Galo criou uma jogada com o Hulk, deixando o Paulinho na cara do gol, o ótimo goleiro Bento fez uma grande defesa, assim como fez com um chute difícil do Battaglia.
Essa falta de foco no início das partidas está sendo um problema sério para o Atlético-MG, porque nos últimos jogos o desgaste está sendo muito grande por ter que correr atrás do resultado o tempo todo.
O Atlético-MG é uma equipe alongada, sem aproximação, com três blocos distantes - defesa, meio-campo e ataque, sem ter uma ligação entre esses blocos. Falta uma saída mais rápida da defesa para meio e sem falta de criatividade, ou seja, nada liga o ataque.
Diferentemente disso, o time do Paraná é bem compacto. Assim que o jogador pega na bola, já se aproximam dois companheiros para dar alternativas de passe. Isso dá dinâmica a uma equipe de futebol.
Na primeira jogada que Hulk partiu do meio-campo em velocidade na direção do gol, o Paulinho, com uma ótima movimentação, ficou na cara do gol. O Galo diminuiu e isso acendeu o time mineiro, que começou a tomar conta do jogo. Criou outra chance em seguida mas, na minha opinião, tudo começou a melhorar com a entrada do Hyoran no lugar do lateral Dodô, com o Patrick indo fazer a lateral.
Isso deixou o Galo muito mais agressivo e criativo. O time se organizou melhor depois do gol e foi para cima para tentar o empate. Mas encontrou pela frente o fantástico goleiro Bento, pegando tudo e mais um pouco.
Foi uma jogaço e uma vitória maiúscula do Athletico. Já o Atlético-MG, apesar de ter feito um ótimo segundo tempo, perdeu mais uma partida tomando gols no início.
Assim não tem time que aguente, porque os jogadores se preparam e, em 30 minutos, já estão perdendo. O desgaste dobra para ficar correndo atrás do empate ao invés da vitória.
Se o Atlético-MG não arrumar esse foco inicial, não vai a lugar nenhum.
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