Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Guardiola e o City: essa é a temporada que vai levá-los à elite da Europa?
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Domingo (30), véspera do feriado de 1º de Maio, acordei cedo para não perder Fulham x City. O time do Guardiola está mais espetacular do que sempre foi porque o elenco é mais completo do que antes. É o ataque mais agressivo da Europa pela dificuldade do campeonato e se transformou numa máquina de jogar futebol.
Nessa partida, com a ausência de Kevin De Bruyne, Guardiola colocou Julian Álvarez, que acabou fazendo uma pintura de gol: o campeão mundial pela Argentina se livrou de dois marcadores e, percebendo o goleiro alemão Bernd Leno adiantado, bateu forte com a parte interna do pé. Colocou a bola na gaveta. Foi o gol da vitória por 2 a 1, que colocou o time na liderança da Premier League.
O City dominou o primeiro tempo todo e bastaram três minutos para Erling Haaland, de pênalti, se transformar no maior artilheiro da história de uma única edição da Premier League. São 34 gols, o mesmo que Andy Cole marcou pelo Newcastle na temporada 1993/94 e que Alan Shearer fez pelo Blackburn em 1994/95.
O City colocou, então, uma intensidade incrível no jogo, marcando pressão e com o tradicional toque rápido envolvendo a equipe de Fulham. O time de Londres teve que correr atrás, mas insistiu e, aos 13 minutos, conseguiu chegar ao empate, com o brasileiro Carlos Vinícius. O time do Andreas Pereira ainda tentou apertar, mas durou pouco.
Quando o City voltou a dominar, criou várias chances para fazer o gol da vitória, que veio aos 36, a pintura do Álvarez que eu descrevi ali em cima.
Vale a pena destacar a partida que dez Jack Grealish. Ou melhor: vale a pena destacar toda a temporada do camisa 10 azul. Grande.
No segundo tempo, de cara o Haaland finalizou depois de uma bela virada de bola do Álvarez para o Grealish. É impressionante como City consegue, em pouco tempo, assumir o controle de um jogo e ditar uma dinâmica mais favorável ao seu estilo. É o time que mais rápido se impõe contra qualquer adversário nessa temporada. Foi isso que mostrou nos dois confrontos contra o poderoso Bayern de Munique pela Champions League, por exemplo.
E Erling Haaland é impressionante. Além de ser um exímio finalizador, ele não se acomoda em nenhum momento do jogo. Briga pela bola em todos os setores da parte ofensiva do campo. Nenhum zagueiro se sente seguro protegendo a bola, saindo jogando ou, muito menos, numa disputa corpo a corpo.
O jogo estava tranquilo quando, por vacilo do próprio City, começaram as jogadas estranhas na área do Ederson. Como diria Arnaldo Cesar Coelho, segue o jogo. Mas já era um sinal que o Fulham tinha melhorado, marcando com mais agressividade e tirando o conforto dos jogadores do time do Guardiola. Dos 20 minutos para frente, o Fulham começou a ter o controle porque roubava a bola com rapidez e empurrava o City para trás. Ao mesmo tempo, o City ficou lento e passou a errar mais passes.
Foi nesse momento que Guardiola usou seu elenco: para mudar o cenário do jogo, tirou Mahrez e Julián Álvarez, colocou Bernardo Silva e Phil Foden. Quantos times no mundo tem uma elenco tão grande e talentoso quanto o do Manchester City? Na minha opinião, nenhum.
O grande teste de amadurecimento dessa equipe, porém, está por vir: a semifinal da Champions League contra o grande Real Madrid. O City chega com condições de passar e, então, ganhar o tão desejado título europeu. Na Inglaterra, já tem uma sequência de títulos. Na Europa, ainda não, mas acredito muito que essa é a temporada certa para mudar isso.
Só para constar: o time de Pele Guardiola está na disputa direta de três títulos importantes, a Premier League, a Copa da Inglaterra e a Champions League. Só isso já mostra a força dessa temporada.
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