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OPINIÃO

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Terroristas psicológicos querem impedir Roger de treinar o Corinthians

Roger Machado, quando era técnico do Grêmio, em 2022 - ALEXANDRE NETO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Roger Machado, quando era técnico do Grêmio, em 2022 Imagem: ALEXANDRE NETO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

30/04/2023 14h54

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Vivemos num país em que os terrores psicológicos das redes sociais assustam os mais frágeis. Parece um filme de terror em que terroristas ditam o comportamento de um grupo grande de pessoas.

Sim, terroristas.

Terrorista não é só aquele que solta bombas ou sequestra aviões. O terror psicológico é tão nocivo quanto aquele dos atentados. Com as redes sociais, centenas de milhares desses terroristas se uniram para agir de forma velada sob a falsa justificativa da liberdade de expressão.

Tem muita gente que posta textos, fotos ou faz comentários para agradar a esses terroristas virtuais e ser aceita por eles. Tem quem joga o jogo para o bem próprio e ganhar seguidores. Outros, fazem porque não suportam a perseguição. E, também, tem quem realmente pensa igual a eles.

Quem defende a democracia, é antirracista, contra a homofobia, cobra punição para estupradores e é famoso vira alvo preferido dessa guerrilha.

O medo que eles geraram foi se espalhando por todos os segmentos da nossa sociedade. E chegou ao futebol. O caso do Corinthians com Cuca e Roger Guedes é o melhor exemplo disso. Defenderam o Cuca, condenado por envolvimento no abuso sexual de uma garota de 13 anos em 1987 em Berna, na Suíça.

Os argumentos de Cuca e Duílio Monteiro Alves se espalharam pelas redes sociais e chegaram até esse grupo de terroristas psicológicos. Obviamente, começaram a atacar aqueles que cobravam a verdade.

Bom, o bom senso venceu na força. Nós não baixamos a guarda e nem recuamos quando sofremos esses ataques pessoais.

O Sr. Cuca não suportou e pediu para sair, mantendo a mentira. O presidente do Sport Club Corinthians Paulista, Duílio Monteiro Alves, não suportou a pressão e se sentiu aliviado quando Cuca saiu. Assim, não precisaria tomar uma atitude —coisa que não é o seu forte.

Saiu à procura de um novo treinador e, óbvio, foi naquele que acabaria com os seus problemas, Tite. Mas o ex-técnico da seleção, aquele que levou o Corinthians aos seus maiores títulos, já havia deixado claro que não trabalharia no Brasil em 2023.

Procurou, então, outro que não fez tanta história assim, mas foi vencedor. Aquele fez um ótimo trabalho, mas está empregado no Internacional.

Aí, a contragosto, abriu conversas com Roger Machado.

Um treinador bem capacitado, mas um cidadão preto, ativista, inteligente e que apoiou o atual presidente Lula. Nesse momento, entraram em ação os terroristas psicólogos, os covardes das redes sociais. Quando tudo estava certo para o anúncio, ele não aconteceu.

Por que mudou? Simples: porque Duílio Monteiro Alves está "pipocando".

Duílio faz o jogo que os terroristas querem. Está desistindo porque a extrema direita, independentemente de ser corintiana ou não, quer impedir que um trabalhador honesto seja contratado por um time do povo pelo simples fato de ter feito o L durante a campanha.

Jogam sujo, e usam mentiras como se fosse liberdade de expressão para inverter a realidade. Dizem que quem persegue é quem cobra a verdade.

Há anos o Corinthians não consegue firmar um treinador. Se não conseguir novamente, poderá perder toda a temporada nos próximos meses.

Duílio, você mostra que não tem liderança, competência e muito menos personalidade para ser o presidente de um dos maiores clubes do Brasil. Pare de dar ouvidos aos terroristas virtuais, decida quem será o treinador do Corinthians e banque sua decisão. Coloque na cabeça que quem está contra a contratação do Roger Machado na grande maioria nem corintiano é. A oposição é uma questão político-social.