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Mesmo criando pouco, City vence e mostra que é um time espetacular
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Uma quarta-feira de Premier League com o Manchester City em campo é sinal de bom jogo.
É incrível que, por 10 minutos, o West Ham ficou na roda, sem conseguir pegar na bola para fazer uma jogada. Até que o Rodri deu uma vacilada no meio-campo e colocou o time do Paquetá no jogo.
Achei que o City não começou numa intensidade alta, como é de costume. Sem o De Bruyne, o Guardiola fica sem aquele cara genial e criativo no meio, e que está fazendo uma grande dupla com o Haaland.
Mas esse time tem um poder para roubar rápido a bola e continuar fazendo a defesa adversária balançar para abrir um espaço.
O West Ham se fechou muito bem, não deixando espaço para o City fazer uma jogada ofensiva limpa. Até os 26 minutos, todos os ataques eram cruzamentos ou passes com os atacantes marcados.
De um lateral saiu a jogada mais perigosa e foi do West Ham, com o goleiro Ortega fazendo uma defesa difícil. Isso serviu para dar uma acordada no City, com o Grealish dando um chute perigoso — dessa vez, o goleiro adversário Fabianski defendeu bem.
Logo depois saiu uma jogada mais clara, com Rodri batendo e a bola pegando na trave.
A partida não esquentou e achei que o City não fez um bom primeiro tempo porque, apesar de ter a posse de bola como sempre, ficou preso na estratégia defensiva criada pelo treinador Davis Moyes, o que não é normal. O City sempre consegue quebrar a marcação adversária, criando muitas chances claras de gol, mas nesse jogo ainda não conseguiu.
No segundo tempo a postura do City precisava ser mais agressiva e clara para chegar ao gol. E logo aos 5 minutos já fez, com uma arrancada do Haaland, que tocou para o Grealish. Ele sofreu uma falta e, na batida, Aké fez de cabeça, para colocar os Citizens novamente na liderança da Premier League.
Mas a partida continuou sem muita intensidade. Ficou claro que o City é um grande time, mas sem Kevin de Bruyne, não perde só na criatividade mas também na velocidade do jogo, por causa da inteligência do belga em antever as jogadas.
O West Ham percebeu e foi para jogo, e começou a criar problemas na defesa azul.
Quando o Haaland faz a jogada de fundo e cruza na área, a gente percebe que as coisas não estão tão bem assim, porque ele é o finalizador, forte fisicamente, alto, e o negócio dele é a entrada e dentro da área, fora as arrancadas que ele dá do meio do campo. Sem o De Bruyne, ele fica um pouco abandonado nas jogadas, porque ele é sempre a primeira opção do belga.
Até os 23 minutos, os ataques do City eram bem discretos e sem muito perigo. Quem dava intensidade no jogo era o West Ham, que foi para cima.
Até o City roubar uma bola e sair em velocidade com Grealish fazendo o papel do De Bruyne, para a movimentação perfeita de Erling Haaland, que se transformou no maior artilheiro de uma única temporada da Premier League, chegando a incríveis 35 gols.
Os Citizens têm um elenco incrível, porque saiu o argentino Julián Álvarez e entrou o Phil Foden, de quem sou fã desde um Mundial sub-17 onde ele arrasou.
Depois de um escanteio com Paquetá tirando para fora, Foden pegou de primeira da entrada da área e, mesmo com a bola resvalando num zagueiro, foi um golaço pela forma com que bateu.
Mesmo não jogando tão bem, o City tem uma qualidade técnica superior a todos os outros times do campeonato. E, ainda que não tenha feito uma grande partida como estamos acostumados a ver, venceu um jogo importante, passando para a liderança do campeonato, com um ponto a mais que o Arsenal e com um jogo a menos.
O time de Pep Guardiola não foi intenso como é de verdade, mas bastou para vencer o West Ham por 3 a 0. Não foi uma partida fácil, muito pelo contrário. Foi um jogo muito difícil. Teve momentos na partida em que o time do treinador David Moyes esteve melhor em campo, e até com mais posse de bola, mas o Manchester City é um time espetacular.
No dia 10, terá o primeiro jogo mais importante da temporada, contra o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, pela semifinal da Champions League. No dia 17, decidirá a vaga para a final no Etihad Stadium. Vamos esperar para ver.
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