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Goleiro Richard foi fantástico no título do Ceará na Copa do Nordeste
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Lá no Castelão, na primeira partida, o time do treinador Eduardo Barroca venceu por 2 a 1, mas perdeu uma grande chance de golear, desperdiçando muitas chances de gol. Deu a oportunidade para o time do Enderson Moreira fazer seu gol no último lance do jogo, deixando a segunda partida bem aberta.
Os torcedores vibrando muito e fazendo a Ilha tremer com muitas bandeiras, gritos de guerra, assim como fez a torcida cearense no primeiro jogo.
O Sport está muito bem neste primeiro semestre: já foi campeão pernambucano, é o único time da Série B na Copa do Brasil (enfrentará o São Paulo) e está disputando esta final importante. Já o Ceará perdeu o Estadual para o seu rival Fortaleza, foi eliminado da Copa do Brasil e está na final da Copa do Nordeste.
O time do Recife começou com toda intensidade, marcando pressão, e logo aos 7 minutos, num vacilo do goleiro Richard, mandou uma bola no travessão, já mostrando que a sua intenção era continuar agredindo. Enquanto Ceará ia tentando diminuir a velocidade do jogo, querendo impor uma cadência mas sofrendo com a dinâmica da partida.
Quero destacar como está bem o Vágner Love, marcando a saída de bola, participando de todas as jogadas de ataque e sempre pronto para sair em velocidade, se entregando e jogando muito com 38 anos.
Até os 17 minutos, o Vozão não conseguia entrar na partida em momento algum. Só dava o Leão da Ilha, que jogando em casa se impõe com muita agressividade.
O Ceará até que tentava tocar a bola, mas perdia rapidamente, encontrando muita dificuldade para passar do meio-campo. Até os 22 minutos, não havia chutado uma bola no gol do Sport.
E não demorou muito para que toda aquela pressão fizesse a bola ir para as redes, com uma pancada de Luciano Juba. Ele pegou um rebote na marca do pênalti e, de primeira, fez 1 a 0. Totalmente merecido, porque não tinha jogo: o domínio era completo do Sport, que ficou muito mais perto de fazer o segundo gol do que tomar o empate.
O Ceará não teve escolha e saiu para o jogo, conseguindo um escanteio numa jogada perigosa dentro da área. Mas essa jogada do Ceará foi um fato isolado no primeiro tempo, porque logo em seguida o Sport foi para cima e criou mais chances para aumentar o resultado.
Fim de primeiro tempo com o Sport mandando no jogo e não encontrando resistência nenhuma, ou seja, deitou e rolou.
O segundo tempo começou e não mudou nada, porque logo aos 2 minutos o Sport já teve a primeira chance clara de gol, com Luciano Juba, e a defesa do goleiro Richard.
E a pressão continuava sendo forte, tanto que foram três possibilidades de gols até os 7 minutos para o time da Ilha, com o Ceará se comportando com muita timidez numa partida decisiva. Mesmo criando uma boa chance num cruzamento do Jean Carlos, foi pouco.
Logo em seguida o Sport já dominou novamente e, em poucos minutos, criou dois lances de perigo, com o goleiro Richard fazendo uma grande defesa num chute cruzado do ponta Edinho.
A cada um ataque cearense, a resposta vinha em seguida, com dois ou três ataques pernambucanos mas sendo desperdiçados. O tempo ia passando e cada vez mais vinga chegando o período de pânico. Esse período é aquele em que o time que tomar o gol vai desmontar, porque sobrará pouco tempo para reagir.
O jogo ficou estranho porque, em alguns momentos, ficava devagar. E, de repente, um time engatava uma pressão, logo depois o outro fazia o mesmo, e o tempo ia passando.
O Enderson Moreira fez duas alterações, tirando o lateral Cariús e para colocar o Felipinho, e também tirou o ponta Edinho e colocou outro, o Wanderson.
E na mesma hora saiu a jogada mais clara do segundo tempo entre os dois, com o Felipinho chutando no travessão e, no rebote, o Wanderson chutou na trave. O Sport foi perdendo chances atrás de chances.
Chegaram os 30 minutos do segundo tempo e o jogo entrou naquele período de pânico que escrevi antes.
Os últimos 15 minutos do jogo são um momento de dúvida. Vale a pena arriscar ou esperar uma oportunidade sem riscos? Interessa ir para os pênaltis?
Enfim, numa final tudo isso passa na cabeça de todos, principalmente dos treinadores.
A verdade é que ninguém quer tomar o gol e atacar. Só na boa! Toques para lá e toques para cá, e o medo de perder prevalece sobre a coragem de ganhar.
O árbitro deu 6 minutos de acréscimos e aí vem aquele frio na barriga nos jogadores em campo. Mas Sport ainda achou um contra-ataque, só que o atacante Gabriel Santos finalizou mal.
Final de jogo e a decisão foi para os pênaltis. Mas o Sport desperdiçou diversas chances de fazer o segundo e levar o título. Agora fica tudo igual e o que irá decidir, além dos treinamentos de pênaltis, é o lado emocional. Quem estiver mais seguro, mesmo cansado, irá levar o título. Os goleiros são os grandes protagonistas, porque são os únicos jogadores que não sofrem com o lado psicológico nesse tipo de decisão.
O goleiro Richard fez a grande diferença nas cobranças de pênalti, fazendo duas defesas, mas a mais importante foi com a bola rolando, numa batida de falta lateral do jogador Edinho. Com vários jogadores na sua frente, ele defendeu de mão trocada. Essa defesa durante o jogo 90% dos goleiros tomariam o gol.
Parabéns ao Ceará, tricampeão da Copa do Nordeste.
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