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Inter poderia ter goleado o Milan e já ter garantido vaga para a final
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Nesta quarta-feira (10) tivemos a primeira partida da semifinal da Champions League entre dois rivais históricos.
Milan x Inter se confrontaram no espetacular estádio de San Siro, com mando de jogo do Milan, brigando por essa vaga tão desejada. Na semana que vem, decidem de vez no mesmo estádio, que muda o nome para Giuseppe Meazza com o mando de jogo da Inter.
A partida começou intensa e, logo aos 7 minutos, Dzeko pegou de sem pulo e meteu a bola no ângulo, depois da batida de um escanteio. Achei um golaço do jogador bósnio, que usou o seu tamanho para, mesmo marcado pelo Calabria, esticar a perna e fazer 1 a 0.
Não deu tempo nem do Milan respirar e, aos 10 minutos, a Internazionale fazer seu segundo gol.
Foi num ataque com muita velocidade, troca de passes, finta de Lautaro Martínez (que quebrou a defesa rossonera) para o meio-campo armênio Mkhitaryan fazer 2 a 0 Inter.
A intensidade e a dinâmica da Inter estão matando o rival, que não está viu a cor da bola. Chegou de novo com perigo, metendo uma bola na trave.
O time da Inter, de Simone Inzaghi, apavorou o Milan de uma tal maneira que os jogadores dirigidos pelo Stefano Pioli ficaram perdidos, sem saber o que fazer e nem para onde correr.
Era nítido que os jogadores do Milan estavam totalmente inseguros até para tocar a bola, tentando evitar ao máximo qualquer erro, com um jogo lento.
Enquanto isso, a Inter pegava na bola e saía com tapas rápidos, chegando para finalizar com muita tranquilidade. Até os 27 minutos, o Milan não havia dado nenhum chute a gol, uma estatística que mostra o total domínio.
Fazia tempo que não via esse dérbi com tanto domínio de um time sobre o outro como neste de hoje.
Só para ilustrar como estava o jogo: o árbitro deu um pênalti para a Inter, no Lautaro Martínez, mas o VAR chamou e o árbitro mudou de ideia, com os torcedores milanistas comemorando como se fosse um gol.
Foi um atropelo o primeiro tempo. O time do Milan, aos 35 minutos, já estava quase nocauteado, escapando de uma goleada histórica. Para o time milanista, a etapa inicial demorou uma eternidade para terminar, sendo bombardeado de todos os lados.
Faz tempo que não vejo um time totalmente encaixotado no esquema de um adversário como estou vendo nesse dérbi.
O primeiro tempo terminou sem que o Milan desse um só chute na direção do gol do goleiro Onana. Saiu barato para o time milanista, porque pelo volume, intensidade e agressividade da Inter, poderia ter terminado 3 a 0, ou 4 a 0 sem problema nenhum.
O Milan voltou mais organizado para o segundo tempo, chegando a criar uma boa chance que Brahim Diaz chutou para fora.
Mas estava enfrentando uma Inter com muita confiança, querendo diminuir a intensidade do jogo e ainda no toque, Dzeko conseguiu sair na cara do gol, exigindo do goleiro Maignan uma grande defesa.
Apesar de o time milanista ter voltado melhor, não conseguia acelerar o jogo e nem empurrar a Inter para trás, continuando preso dentro do esquema de marcação do rival, deixando que ditasse o ritmo que queria e desse a dinâmica da partida.
Mas, pelo menos, o time de Stefano Pioli veio para o segundo tempo mais equilibrado, menos tenso e mais agressivo, chegando a fazer a melhor jogada desde o início da partida, que terminou com um belo chute na trave, com o Onana vendido no lance.
Essa agressividade milanista começou depois da entrada do belga Origi, que deu muito mais velocidade para os contra-ataques.
O Milan aceitou muito o jogo cadenciado que a Inter colocou no segundo tempo, e precisava ser mais agressivo, marcar pressão a saída de bola, forçando o erro da defesa.
Mas continuava preso dentro do esquema interista, ainda mais quando entrou o belga Lukaku, um centroavante que segura muito bem a bola no ataque, faz o pivô com perfeição, e tem uma força física invejável, que deixa qualquer zagueiro desesperado. Na verdade, o Milan correu errado desde o primeiro minuto de jogo, chegando sempre atrasado nas jogadas.
O Milan melhorou, mas não o suficiente para mexer com o emocional da Inter, que usou bem a segurança e a confiança de estar em vantagem. Cada ataque interista era uma jogada de perigo, e só faltava escolher melhor na hora de decidir.
Aos 40 minutos do segundo tempo, a única jogada de gol que poderia ter mudado o jogo foi o chute na trave do jogador Krunic.
Depois disso, a partida sempre esteve nas mãos da Internazionale, tanto defensivamente para sair jogando, como na parte ofensiva, criando mais chances de fazer gols do que de tomar.
Mas, na minha opinião, a Inter perdeu a grande chance de golear e garantir a classificação, porque o Milan errou tudo nesse jogo e, na semana que vem, entrará para sufocar, com muita agressividade, para reverter essa situação.
Claro que a Inter pode se aproveitar disso, mas corre o risco de tomar um gol do início e tudo se complicar.
Mas, enfim, a Inter saiu na frente para essa classificação tão desejada para a final da Champions League.
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