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OPINIÃO

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Manchester City atropelou o Real Madrid sem dó para ir à final da Champions

Kyle Walker, do Manchester City, na marcação de Vinicius Jr, do Real Madrid - Marc Atkins/Getty Images
Kyle Walker, do Manchester City, na marcação de Vinicius Jr, do Real Madrid Imagem: Marc Atkins/Getty Images

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Chegou o dia mais esperado por todos os amantes do futebol, ou não. Manchester City x Real Madrid fazem o grande jogo da temporada, com muitos ingredientes para acharmos isso. Quem ganhar irá enfrentar a Internazionale de Milão na grande final da Champions League.

Será uma partida com vários grandes craques do momento e acredito que sairá desse jogo o próximo Bola de Ouro.

Que maravilhosa a imagem do Etihad Stadium lotado e cada pessoa com bandeirinhas azuis e brancas formando uma coreografia espetacular. É de mexer com a gente! Mas para emocionar todos o público começou a cantar Hey Jude, dos Beatles. Aí não tem como, é fazer uma viagem na história.

Vamos para o jogo, que criou uma expectativa absurda no mundo.

O City iniciou com tudo, indo para cima do Real. Em poucos minutos, criou duas boas chances de gol.

O Militão saiu caçando o Haaland por todos os lugares para não deixar o norueguês jogar, porque o entrosamento entre ele e o De Bruyne é muito bom.

O time inglês começou a roubar a bola rápido, criando uma forte pressão ofensiva. O Real Madrid ficou com muita dificuldade no início da partida, talvez não esperasse toda essa agressividade. E o City agredindo muito, tanto que num cruzamento do Jack Grealish na direção do Haaland, o norueguês cabeceou, obrigando o ótimo goleiro Courtois a fazer uma defesa espetacular.

Incrível a superioridade do City sobre o Real Madrid, que não consegue nem passar do meio-campo.

Gente, inacreditável a defesa do Courtois em outra cabeçada de Erling Haaland. Como pega esse belga!

Mas não demorou muito para o City encaixar uma jogada espetacular, com uma assistência do gênio De Bruyne, para deixar Bernardo Silva na cara do gol. Dessa vez bateu sem nenhuma chance para o Courtois.

Simplesmente não está tendo jogo, porque o domínio é total do time do Guardiola, que não deixa os espanhóis nem respirarem.

Chegando aos 30 minutos, o Real não chutou uma bola sequer na direção do gol, porque foi sendo engolido pelo City. Mas, de repente o Real resolveu jogar, começando a agredir, e no seu primeiro chute a gol, Toni Kroos fez a bola explodir no travessão.

Só que durou pouco, porque logo em seguida o City partiu para cima e o Bernardo Silva marcou novamente, dessa vez de cabeça.

Um primeiro tempo memorável do Manchester City. E como está jogando Jack Grealish!

Só está dando Manchester City e o Courtois, porque está sendo bombardeado. Apesar de ter tomado gols, leva vantagem sobre o Ederson, porque fez defesas incríveis.

Carlo Ancelotti está orando para acabar rápido esse primeiro tempo, porque seu time não entrou na partida.

Foi um massacre total do time inglês nesse primeiro tempo. Vale a pena destacar os números do jogo: chutes a gol - 11 x 1; posse de bola - 72% x 28%. Esses dois itens deixam claro a superioridade do Manchester City sobre o poderoso Real Madrid.

O Real Madrid voltou com um jogo mais intenso, agressivo, ficando mais tempo com a bola e tentando ditar a dinâmica que mais precisa, para tentar reverter o resultado de 2 a 0.

Só que o City também sabe jogar no contra-ataque e pode explorar muito bem a vantagem que tem.

A verdade é que a partida ficou um pouco mais equilibrada, mas muito porque o City diminuiu a intensidade do seu jogo. Em nenhum momento perdeu o controle da partida e nem correu muitos riscos. Esse era o cenário aos 30 minutos do segundo tempo.

Depois de mais uma grande jogada, numa tabela entre Haaland e Gündogan, o alemão deixou de calcanhar para o norueguês na cara do Courtois fazer outra espetacular defesa.

O único jogador do time de Carlo Ancelotti que realmente jogou, como sempre, foi o goleiro Courtois.

Depois de mais um milagre veio uma falta lateral batida por Kevin de Bruyne. Com um mínimo desvio do lateral Akanji, a bola bateu em Militão e entrou para concretizar a classificação do Manchester City para a final da Champions League.

Eu escrevi diversas vezes nos meus textos sobre a Champions que sentia que era o ano do Manchester City ganhar o título mais esperado pelo clube, mas principalmente pelo seu torcedor.

Nessa partida, a história e o peso da camisa do Real Madrid não influenciaram o resultado, porque o time do técnico Pep Guardiola entrou super determinado a quebrar essa escrita dos últimos anos.

Chegou o momento do City entrar no rol dos campeões europeus. Só que mesmo sendo favorito, precisa ficar atento com a Internazionale, que tem um bom time.

Falei bastante do Courtois, mas no segundo tempo, quando precisou, o goleiro Ederson fez grandes defesas. Ele está numa grande fase e merece ser o titular da seleção brasileira.

Faz tempo que não vejo uma equipe, na Champions League, ter um domínio tão grande contra o poderoso Real Madrid como teve o Manchester City nesse segundo jogo da semifinal.

O time inglês foi perfeito. Todos os jogadores foram muito bem, mas vou destacar o Kyle Walker, que tinha uma função muito difícil mas conseguiu anular completamente o Vinicius Jr nesse jogo. Ultimamente ninguém estava chegando nem perto de parar o jogador brasileiro mas o Walker deu conta.

E, para consolidar o espetáculo, Phil Foden deixou o Julián Álvarez frente a frente com Courtois e fez o quarto do City.

O Real Madrid foi atropelado, massacrado e amassado pelo fantástico time do Manchester City.

Agora é esperar chegar o dia 10 de junho para vermos a grande final entre Manchester City x Internazionale de Milão em Istambul.

Que festa incrível está fazendo a torcida azul da cidade de Manchester. Essa noite será uma criança distraída, como bem cantou Rita Lee, para os torcedores do Manchester City.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, o meia português do City é Bernardo Silva, e não Bruno Fernandes. O erro foi corrigido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL