Topo

Casagrande

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Luís Castro desconserta Fernando Diniz e confirma seu Botafogo na liderança

Partida espetacular da equipe de Luís Castro, conseguindo quebrar toda a estrutura tática do Fernando Diniz - Montagem UOL
Partida espetacular da equipe de Luís Castro, conseguindo quebrar toda a estrutura tática do Fernando Diniz Imagem: Montagem UOL

Colunista do UOL

20/05/2023 22h29

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Um sábado com grandes jogos do Campeonato Brasileiro, principalmente os clássicos Botafogo x Fluminense e Santos x Palmeiras.

Luís Castro X Fernando Diniz e Odair Hellmann x Abel Ferreira.

Duelos de estilos diferentes e esquema tático diferente.

Deu para perceber logo de cara que o Luís Castro optou por tentar congestionar os espaços e não marcar pressão para evitar o toque do Fluminense, só que o time do Fernando Diniz conseguia colocar em prática o seu estilo de jogo.

Mas o Botafogo não ficou lá atrás e saía em velocidade tentando pegar a defesa adversária desprevenida, mas a equipe do Fluminense é muito compacta e, na maioria das vezes, conseguia evitar o contra-ataque, roubando rápido a bola.

Depois dos 10 minutos, o Botafogo começou a controlar a partida, levando perigo pelas pontas e subindo bem a marcação, aproveitando o momento melhor do jogo.

Mas ninguém conseguia criar chances reais de gol, e a disputa entre os times era para tentar ditar a dinâmica da partida. Ou seja, assumir o controle do jogo.

30 minutos e o jogo estava sendo muito equilibrado, apesar da posse de bola ser bem maior para o Fluminense (70%), mas sem ter objetividade, porque os volantes e a defesa do Botafogo estavam muito bem na partida.

Achei que o Botafogo chegava com mais perigo, mas a marcação defensiva do Fluminense também estava ótima.

Ninguém teve uma chance clara de gol, sendo que os goleiros Fábio (Fluminense) e Lucas Perri (Botafogo) não passaram por apuros em nenhum momento.

Achei que o primeiro tempo foi muito disputado, bem jogado e o destaque vai para os setores defensivos das duas equipes. Por isso que os artilheiros Tiquinho Soares (Botafogo) e Cano (Fluminense) pouco pegaram na bola.

Uma coisa que está estragando os jogos, sem exceção, são as simulações dos jogadores. Quero deixar claro que isso sempre existiu, mas nesse momento estão passando dos limites. É o tempo todo jogador caindo com as mãos no rosto com as imagens mostrando que nada aconteceu.

Se os árbitros não cumprirem a regra do cartão amarelo por simulação, isso não vai parar tão cedo. Aliás, irá piorar com o tempo.

No intervalo, Fernando Diniz tirou o Pirani e colocou o Lelê, deixando a equipe mais agressiva. Na minha opinião, mexeu bem. Surtiu efeito nas jogadas de contra-ataque, mas qualquer jogador do Tricolor que pegava na bola já tinha uma dupla marcação e logo era cercado por vários botafoguenses.

O time do Luís Castro voltou para o segundo tempo bem melhor que o do Diniz. Estava conseguindo pressionar a defesa tricolor e roubando a bola rápido e evitando contra-ataque.

As maiores virtudes do Botafogo foram não deixar o time do Fluminense pensar. Sem contar que a dupla de volantes formada pelo Tchê Tchê e Gabriel estava sendo muito mais dinâmica do que a do Tricolor, com Lima e André.

Até os 20 minutos, o Botafogo estava mandando no jogo e criando enormes dificuldades para o toque de bola do Fluminense deixando, claramente, Fernando Diniz muito irritado.

Em seguida, Luís Castro mudou o atacante pela esquerda, entrando Victor Sá no lugar do Luiz Henrique. E, na primeira jogada, o Victor Sá já levou perigo à defesa tricolor.

A entrega dos jogadores botafoguenses estava sendo incrível na estratégia de marcação. A intensidade que o Botafogo estava conseguindo colocar no segundo tempo foi bem alta, com o Fluminense não conseguindo entrar no jogo.

Numa roubada de bola do volante Gabriel, com a bola chegando até o Júnior Santos, que bateu para uma grande defesa do Fábio. E, na cobrança, o Botafogo marcou com o ótimo zagueiro Victor Cuesta, que, com puro reflexo e deitado, conseguiu bater para o gol.

1 a 0 com toda justiça, porque o Botafogo estava dominando completamente a partida.

Que partida espetacular da equipe de Luís Castro, conseguindo quebrar toda a estrutura tática do Fernando Diniz.

Até os 34 minutos do segundo tempo, o Tricolor não tinha dado nenhum chute na direção do gol de Lucas Perri.

Será que é coincidência que, nas três vezes que o Fluminense foi dominado, os treinadores dos times eram estrangeiros?

Perdeu, sendo controlado, para o Fortaleza de Vojvoda por 4 x 2. Foi dominado, apesar de empatar, pelo Flamengo do Sampaoli. E nessa noite tomou um show do Botafogo de Luís Castro, não conseguindo criar nada e nem bater no gol.

Numa confusão da defesa botafoguense, Lelê quase conseguiu fazer o gol de empate.

Uma vitória espetacular do Botafogo, mostrando que está dentro do campeonato para brigar pelo título.

Já havia vencido o Flamengo e agora vence o Fluminense para deixar bem claro a força que tem a equipe da estrela solitária.

Luís Castro é um grande treinador com esquemas variados e deixando o Fluminense sem saber o que lhe aconteceu no Nilton Santos.

Para finalizar, os melhores jogadores da partida para mim foram, sem dúvida alguma, os volantes do Botafogo: Gabriel e Tchê Tchê, que jogaram muita bola.

Botafogo, líder com toda justiça.