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Fábio dá show na altitude de La Paz, mas não evita derrota do Fluminense
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Jogar na altitude não é fácil para ninguém. Em La Paz todo mundo sofre e o Fluminense, em três minutos, toma o gol claramente por causa da velocidade diferente da bola, por causa do ar rarefeito.
Fernando Diniz fez o certo de levar uma equipe toda reserva porque venceu as três primeiras partidas, sendo líder com 9 pontos, porque está interessado no Campeonato Brasileiro também.
No domingo (28) joga na Neo Química Arena contra um Corinthians em crise profunda e pelo jeito virá para São Paulo pensando em ir para cima e vencer a partida.
Mas nesse jogo contra o The Strongest está clara a grande dificuldade de oxigenação que os jogadores estão sentindo.
O que acontece na altitude? Quando a gente dá um pique, sai em velocidade, a recuperação é muito lenta e dá falta de ar, muitos desmaiam e alguns nem conseguem entrar em campo.
Uma arma importante é o chute de longa distância porque os goleiros sofrem muito com a velocidade que a bola alcança.
O Fábio está em grande fase mas está sofrendo porque os jogadores bolivianos estão batendo de qualquer lugar e a bola chega como um foguete.
O Tricolor precisa tocar a bola em progressão e assim que clarear bater no gol de qualquer distância. Mas estou gostando do futebol que o Fluminense está apresentando, conseguindo até os 18 minutos criar três chances para empatar .
Só que sempre que o The Strongest consegue acelerar o jogo. Chega com força e, se não fosse o Fábio, já teria feito o segundo gol.
Os times que são habituados com a altitude colocam uma intensidade no jogo que os brasileiros não conseguem colocar e nem acompanhar. Mas no toque e batendo de longe, os nossos times conseguem, em alguns momentos, equilibrar a partida.
O problema é sempre a intensidade e a bola, que corre muito na altitude. É impressionante como quando alguém chuta no gol não dá nem para ver direito de tão forte que ela chega no goleiro. Mas o Fábio, com toda experiência que tem, acertou em todas que foi para defesa.
O The Strongest acertou cinco chutes na direção do gol do Fluminense e está vencendo por 1 a 0. O Fluminense não acertou nenhuma e precisa caprichar mais no chute porque para o goleiro Viscarra também é difícil defender, mesmo habituado com a altitude.
A hora que alguém acertar no gol acho que empata a partida.
Que defesa inacreditável do Fábio numa falta no final do primeiro tempo,
O Fluminense fez o que pôde mas é muito difícil acompanhar a intensidade dos caras. Só que tem um goleiro espetacular que segurou a onda numa boa defendendo tudo.
O segunda tempo começa e fica claro que assim que eles pegam na bola tentam clarear a jogada para bater no gol e, na maioria das vezes, acertam. E o Fábio tem que se virar.
O time do Fluminense precisa pensar dessa maneira porque sofre mais com o ar rarefeito e precisa tocar a bola mais vertical e pensar sempre no chute a gol.
Depois do Fluminense dominar alguns minutos, levando perigo para defesa boliviana, mas logo em seguida, depois de um chutão o jogador Sotomayor sai na cara do Fábio, escolhe onde bater e deu a pancada que explodiu na trave.
É assim, eles sabem todas as armas que podem usar jogando em casa, poucos passes, clareia a jogada e batem no gol. Mas se a defesa adversária estiver adiantada batem para frente e alguém sai em velocidade agredindo nas costas dos zagueiros.
Os times brasileiros sofrem muito em La Paz porque ficam indecisos se vão ou se ficam, se tocam a bola ou chutam para frente, e poucas vezes clareiam a jogada.
Aos 25 minutos do segundo tempo o The Strongest tinha acertado 9 chutes no gol e o Fluminense, nenhum. Na bola rolando a diferença não era tão gritante assim, mas faltava acertar o alvo.
Repito que falei do primeiro tempo: os jogadores do Fluminense precisam acertar uma no gol que o goleiro irá se complicar. O problema foram também os lançamentos equivocados porque não conseguem saber a força que batem na bola e ela se perde, e isso aconteceu muito, principalmente no segundo tempo.
Aos 44 minutos, num escanteio, o Fábio repete outra defesa fantástica, numa cabeçada à queima-roupa que bateu no gramado e pegou uma forte velocidade e conseguiu ter o tempo certo para espalmar.
Se os jogadores da linha do Tricolor sofreram o jogo todo com a velocidade da bola, o goleiro Fábio foi perfeito. E quando ele não defendia, a bola batia na trave ou no travessão.
Bom, o Fluminense perdeu mas fez o que podia. Foi só 1 a 0 pela partida espetacular que fez o goleiro Fábio. Foi uma das maiores atuações de um goleiro brasileiro jogando na altitude de La Paz.
A derrota não muda nada na sequência do Tricolor carioca na Libertadores. Agora no Campeonato Brasileiro volta o time titular para enfrentar o Corinthians.
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