Topo

Casagrande

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Com o empate do Mineirão a rodada foi perfeita para o líder Botafogo

Rony, do Palmeiras, disputa bola pelo alto com Jemerson e Nathan, do Atlético-MG, em jogo do Brasileirão - Fernando Moreno/AGIF
Rony, do Palmeiras, disputa bola pelo alto com Jemerson e Nathan, do Atlético-MG, em jogo do Brasileirão Imagem: Fernando Moreno/AGIF

Colunista do UOL

28/05/2023 20h37

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Depois do Corinthians voltar a vencer e sair da zona de rebaixamento, tivemos um confronto entre grandes rivais dos últimos anos: Atlético-MG x Palmeiras, que jogaram pelo topo da tabela. O time do Abel Ferreira era o segundo colocado com 15 pontos, enquanto o time de Eduardo Coudet estava em sexto com 13 pontos.

O Mineirão estava lotado pela imensa e vibrante torcida do Galo, em festa, e tínhamos tudo para ter um grande jogo, apesar do gramado desastroso. Os dois times possuíam ataques poderosos e eram agressivos, especialmente o Atlético quando jogava em casa. Tínhamos Hulk e Paulinho de um lado, Roni e Dudu do outro.

Assim como em todos os jogos da rodada, tivemos a campanha antirracista criada pela CBF: "COM RACISMO NÃO TEM JOGO". É importante ressaltar novamente que o gramado do Mineirão era horrível e, além de atrapalhar o jogo técnico, colocava em risco a integridade física dos jogadores devido à sua irregularidade e presença de buracos.

Roni fez um gol espetacular, mas foi anulado pelo VAR. No entanto, ele mostrou sua qualidade e estava ligado no jogo, não dando sossego para a zaga atleticana. Logo depois, roubou a bola dominada por Jemerson, criando outra jogada de perigo.

Nos primeiros 15 minutos, o Palmeiras foi mais agressivo, mas aos poucos o Galo foi se equilibrando na partida. Com o passar do tempo, o jogo foi ficando brigado, faltoso, muito intenso e competitivo, como é de se esperar em um grande confronto. Ambos os times possuíam contra-ataques rápidos, jogadores criativos no meio de campo e ótimos chutadores de fora da área, como Arthur, Raphael Veiga e Gabriel Menino pelo lado palmeirense, e Hulk, Hyoran e Rubens pelo Atlético-MG.

O Galo acelerou e, em um escanteio, a bola sobrou para Battaglia, forçando uma grande defesa de Weverton. Os dois sistemas defensivos foram precisos no primeiro tempo, deixando poucos espaços para os atacantes. Roni, no início, estava deixando Nathan e Jemerson em pânico, mas aos poucos foi controlado por eles.

No entanto, aos 44 minutos, Gustavo Gómez saiu jogando mal, com Pavon roubando a bola e saindo em velocidade do meio-campo. Ele cortou Luan e bateu forte, fazendo 1x0 para o Atlético-MG. Em um jogo equilibrado entre dois grandes times, qualquer vacilo defensivo se torna fatal. Foi um primeiro tempo bem jogado, com muita garra, porém sem muitas chances de gol. O ótimo Pavon fez a diferença, mostrando-se focado e pronto para sair em velocidade e marcar o gol da parcial vitória do Galo.

O segundo tempo começou com a mesma intensidade e, logo aos 7 minutos, em uma linda trama palmeirense, Raphael Veiga buscou a bola, tocou para Marcos Rocha, que enfiou uma bola excelente para Arthur, que cruzou para Dudu marcar de cabeça o gol de empate. Na verdade, o jogo estava muito melhor e aberto nesse segundo tempo, com os times sendo mais agressivos e dinâmicos.

O Atlético-MG começou a crescer no jogo por jogar em casa, aproveitando o apoio da importante torcida que empurrava o Palmeiras para o seu campo, marcando pressão e forçando o erro defensivo na saída de jogo.

Sou fã do trabalho do Abel Ferreira porque ele trata todos os jogadores com a mesma importância. Qual treinador teria coragem de, em um jogo importante e difícil como esse, tirar o Dudu e o Raphael Veiga e colocar Breno Lopes e Jhon Jhon? Isso mostra que ele não se importa com o nome do jogador, pois mexe de acordo com as necessidades do momento do jogo.

Coudet também mexeu, e um dos jogadores que entrou, Igor Gomes, fez uma linda tabela com Zaracho e quase marcou seu gol. Caminhando para o final, nenhum dos dois times estava muito a fim de arriscar perder esse jogo. Só partiam para cima com a certeza de que não deixariam espaços para sofrer um contra-ataque.

Nos últimos dez minutos, contando com os cinco de acréscimos, não aconteceu nada, e o jogo terminou em empate de 1x1.