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Sevilla campeão continua invicto, mas Mourinho não é mais imbatível
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Antes dos jogos decisivos da Copa do Brasil, teremos a grande final da Liga Europa entre Roma x Sevilla, na Arena Puskás, que está na linda Budapeste.
O time espanhol treinado por José Luís Mendilibar é dono dessa competição, porque é o maior vencedor, com 6 títulos.
Já o time italiano do José Mourinho só tem um título continental, que foi na última temporada, pela Conference League, mas já chegou numa final de Champions na temporada 1983/84, em Roma, quando perdeu nos pênaltis.
Curiosidade: O Sevilla está invicto nas finais europeias porque venceu todas que disputou mas, em compensação, o treinador da Roma, José Mourinho, também nunca perdeu uma final europeia.
Estamos diante uma grande final e vale a pena destacar que a Itália está na final das três competições continentais: a Internazionale, na Champions, contra o City; a Fiorentina, na Conference League, contra o West Ham; e a Roma contra o Sevilla.
Maravilhosa festa de abertura da final na Arena Puskás lotada, com grupo de meninos e meninas dando show de coreografia.
São duas ótimas equipes que se equivalem, mesmo com esquema tático diferente.
Com a Roma já criando uma grande chance de gol, com uma trama pelo lado direito e Spinazzola ficando na cara do goleiro marroquino Bono, mas chutando em cima dele. Foi um gol perdido, porque era só dar um tapa rasteiro que faria o gol.
A Roma começa melhor, marcando pressão, tentando tirar o espaço do Sevilla, que gosta de colocar uma dinâmica forte no jogo.
É o estilo do time espanhol colocar intensidade e agressividade nas partidas, conseguindo eliminar grandes equipes até chegar a final — Manchester United e Juventus, por exemplo.
Percebi que a simulação dos jogadores, colocando as mãos no rosto como se tivessem tomado um soco, não é exclusividade do futebol brasileiro. Uma pena!
Roma estilo Mourinho totalmente fechada, esperando o Sevilla para sair no contra-ataque. Mas, de qualquer forma, a jogada mais importante foi da Roma, com Spinazzola.
E numa roubada de bola no meio-campo, a Roma com Mancini colocando o Dybala na cara do gol, batendo bem, cruzado, dando vantagem ao time italiano.
A gente pode achar bonito ou não o jeito dos times do Mourinho jogar, mas são super competitivos.
O futebol italiano marca duro, chega junto, sempre foi muito eficiente na marcação e na saída em velocidade para pegar a defesa adversária desorganizada.
Na semifinal a Roma eliminou o Bayer Leverkusen porque venceu em casa e jogou a partida inteira de volta totalmente atrás, renunciando ao ataque, e conseguiu passar para a final, deixando os alemães revoltados.
Voltando ao jogo. Depois do gol da Roma, a intensidade do jogo aumentou bastante, porque deu um certo desespero no Sevilla, que quis empatar de todo jeito. Acelerou e quase conseguiu, com um forte chute da entrada da área do Rakitic, com a bola explodindo na trave.
Um primeiro tempo brigado, nem sempre bem jogado, mas com dois times se entregando ao máximo.
Nesse segundo tempo acredito que o maior confronto será pela posse de bola, porque a Roma, que está vencendo, irá querer pelo menos no início se defender ficando com a bola.
Enquanto o Sevilla irá querer a bola para colocar uma forte intensidade, porque precisará agredir o tempo todo para furar o bloqueio "mouriniano".
O Sevilla precisa ter paciência e cuidado para não se perder emocionalmente, porque o Bayer tentou furar esse bloqueio por 90 minutos, mais os acréscimos, e não conseguiu marcar.
Mas o Sevilla é grande na Liga Europa e foi para cima mesmo, colocando velocidade, agressividade e numa jogada de lado, num cruzamento forte na primeira trave com o jogador Mancini, que havia dado o passe para o gol, marcando contra e empatando a partida.
Agora o jogo muda porque se a Roma continuar nessa de só se defender, acho que toma mais gols. Por isso terá que jogar atacando também.
Só que o Sevilla está mandando na partida, empurrando a Roma para trás, porque o plano A caiu logo de cara, tomando o gol.
Mas os times italianos nunca entregaram nada de mãos beijadas e disputam o tempo sendo defensivos ou não, acreditam sempre!
O primeiro passo era a Roma quebrar a dinâmica e o ímpeto do Sevilla e agora, 63 minutos, já conseguiu isso, deu uma equilibrada.
Tanto que numa falta lateral, a Roma só não marcou porque ficou um tumulto na frente do gol e ninguém conseguiu empurrar a bola para as redes. Mas mostrou reação.
A grande diferença é que o Sevilla, quando pega na bola, acelera o jogo tocando rápido. E, em poucos toques, já está chegando na área romana.
Uma forte pressão do time espanhol que tem um estilo mais agressivo que o italiano, e foi dessa forma que chegou à final, eliminando duas potências mundiais.
Quem quer ser campeão precisa atacar, buscar o gol, agredir o adversário e quem está fazendo isso é o Sevilla.
Algumas péssimas coincidências com o futebol brasileiro nessa final. Simulações dos jogadores, treinadores querendo mandar no jogo o tempo todo, rodinha para reclamar, uma arbitragem fraca, apesar de ser bom árbitro.
O Sevilla ataca mais, porém quem teve outra grande chance foi a Roma com o Belotti, que não conseguiu pegar em cheio na bola, senão faria o gol.
Chegou aquele momento numa final em que os times ficam com mais medo de tomar o gol do que coragem para fazer. É normal, porque quem tomar um gol agora ou nos acréscimos perde todas as forças, e aí já era.
Mesmo correndo risco, é o Sevilla que mostra mais disposição para fazer o gol da vitória.
Pressão total, o Sevilla não teve medo de perder e arriscou para ser campeão, mas agora vamos para a prorrogação.
Eu acho que o Sevilla vai continuar arriscando, pressionando para vencer. A minha dúvida é qual será a postura da Roma do Mourinho.
Os times voltaram para jogar com cautela, só atacar na boa, e com menos intensidade, mas ninguém está renunciando a buscar o gol.
Agora esses últimos 15 minutos serão dramáticos, tensos, depois de um grande desgaste físico e psicológico, principalmente para quem está desde o início do jogo.
Uma título de Liga Europa apaga tudo o que deu errado durante a temporada e dá aquela sensação de dever cumprido para quem vence. Mas, para quem perde, é um baque tremendo.
Mas tanto o Sevilla como a Roma não desistiram de vencer, porém sem aventuras e exageros. Afinal de contas, os pênaltis estão logo ali.
Outra coincidência desastrosa com o nosso futebol é a guerra nos bancos, quarto árbitro envolvido, mas segue o jogo.
Segundo tempo da prorrogação feio, enrolado, sem a bola rolar e amarrado. Eu que estou assistindo quero que acabe logo, imagine quem está dentro de campo.
Pode ser a última bola do jogo. Está nos pés da Roma, com o Zalewski, que irá jogar na área. Suspense, tensão, parecendo um filme de Alfred Hitchcock.
Não deu em nada, mas tem outra falta do mesmo jeito, só que pela direita. E também não aconteceu nada.
Inacreditável, escanteio para a Roma, e quase que fazem o gol do título!
Finalzinho de matar qualquer um. Agora, a decisão será nos pênaltis.
Dependerá muito do desgaste de cada um que for bater os pênaltis, e do lado emocional. Nesses momentos, os goleiros levam vantagem, porque não têm o mesmo cansaço como os batedores.
E deu Sevilla, que foi mais preparado, menos tenso, e que bateu melhor, acertando todos e contando com o excelente goleiro marroquino Bono, que fez a diferença defendendo num momento crucial, que é o terceiro pênalti.
Não poderia deixar de destacar o predestinado Montiel, o argentino que bateu o pênalti do título na Copa do Catar e fez o mesmo, dando o título ao Sevilla, agora heptacampeão da Liga Europa.
Muito boa também a transmissão da TV Cultura, com a narração do Marco de Vargas e comentários do roqueiro Arnaldo Ribeiro.
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