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O melhor time do Brasil vence novamente e encosta no líder Botafogo
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Agora no final da rodada deste domingo (4) jogaram no Allianz Parque Palmeiras x Coritiba. É o jogo dos opostos porque o verdão é o único invicto do campeonato e tem o melhor ataque, enquanto o Coxa ainda não venceu e seu ataque é o pior. O Palmeiras precisava vencer para colar no líder Botafogo, e o Coritiba precisava da vitória para tentar respirar no campeonato. Essas são as situações e as diferenças entre as duas equipes.
Eu esperava que o Palmeiras começasse sufocando, marcando pressão para não deixar o time do treinador Antônio Zago gostar do jogo e, ao mesmo tempo, mandar na dinâmica da partida, colocando intensidade no jogo, mas não foi isso que vi. Jogo começou morno, devagar, pouco agressivo e dessa forma favorecia quem tem que desarmar mais do que criar, que era a proposta do Coxa.
O Palmeiras começou a aumentar o volume do seu jogo, só que abusou dos cruzamentos na área. A primeira defesa difícil que fez o goleiro Gabriel (Coritiba) foi numa cabeçada do zagueiro Luan aos 25 minutos do primeiro tempo, mas, logo em seguida, o ataque do Coxa também conseguiu finalizar forte com o Boschilia. Weverton defendeu tranquilo no meio do gol.
Em seguida o Palmeiras achou uma jogada num cruzamento baixo com a bola rápida, o Artur se infiltrou no meio da defesa e marcou seu gol aos 30 minutos. Não demorou muito para que o ataque palmeirense armasse outro bom cruzamento, dessa vez pela direita, com o Mayke para o ótimo Rony fazer mais um gol de cabeça. Isso acontece porque ele é um atacante que não fica esperando a bola chegar até ele, e sim vai ao encontro dela usando muito bem o buraco que as defesas deixam nesses lances.
O Rony foi convocado mais uma vez para a seleção brasileira, merecidamente, mas espero que agora, se for escalado como titular, jogue na posição de centroavante, porque é dessa forma que está se destacando no Palmeiras e sendo convocado, mas não para ficar marcando lateral como fez o Ramon Menezes na derrota por 2 x 1 para a seleção de Marrocos.
Voltando ao jogo, o primeiro tempo foi tranquilo, com o Palmeiras vencendo por 2 x 0, mas sem acelerar o ritmo porque em um mês jogou uma partida, praticamente, a cada três dias e isso desgasta qualquer equipe. Haja trabalho mental para suportar essa maratona de viagens e jogos importantes.
Na etapa final, o jogo recomeçou com o mesmo ritmo que estava no primeiro tempo, ou seja, sem intensidade. Com isso o Coritiba entrou no jogo em alguns momentos, chegando até a pressionar o Palmeiras por alguns minutos, mas sem levar perigo real. Mas era só o Dudu acelerar que a defesa do Coxa ficava totalmente perdida, assim como toda jogada aérea e de aproximação o Palmeiras envolvia com facilidade a marcação curitibana.
Dos 15 minutos em diante, o Verdão tomou totalmente conta da partida e na minha opinião sendo mais intenso e agressivo do que foi em todo o primeiro tempo. Virou um ataque contra defesa sem trégua, sendo que o Coritiba passou do meio de campo raríssimas vezes nesse segundo tempo. E quando conseguiu passar, perdeu a bola para Dudu, melhor da partida para mim, que tocou e deixou o Roni frente a frente com o goleiro. Ele foi mais uma vez supereficiente para marcar o terceiro gol do Palmeiras e segundo seu no jogo.
O Palmeiras tem um time espetacular, organizado, seguro, confiante, muito forte mentalmente, treinado por Abel Ferreira, que é o melhor treinador trabalhando no Brasil disparado.
Ele precisa rever o seu comportamento em algumas situações, mas isso não diminui em nada a sua capacidade profissional. Monta muito bem o seu time, mexe bem na maioria das vezes e consegue manter os seus jogadores focados o jogo inteiro, sendo para mim o único que consegue isso.
Foi uma das partidas mais fáceis que o Palmeiras teve nos últimos tempos, por ter comandado os dois tempos de modo diferente. Só que num ataque despretensioso do Coxa, a bola foi cruzada na área, sem problemas, mas o Weverton, com cumplicidade do Luan, fez uma lambança incrível, dando a chance do Alef Manga fazer o primeiro gol do Coritiba.
Mas é um time sem vibração, sem raça, que praticamente já está entregue na 9ª rodada do campeonato. Faltam muitos jogos pela frente, mas o problema não é esse, mas sim a apatia, a falta de reação que o time tem. Ainda tem bastante tempo para o Antônio Zago mexer com o brio de seus jogadores, mudar essa postura, mas por enquanto esse time não demonstra poder de recuperação.
O Palmeiras foi o dono da partida toda, mas de modo diferente. Fez um primeiro tempo mais cadenciado, porém sem correr risco, fazendo dois gols, e no segundo tempo acelerou o jogo, foi muito mais agressivo empurrando o Coritiba para trás, sufocando o tempo todo e marcando mais um gol com Roni. Outros dois foram anulados, fora um monte de finalizações feitas com perigo.
Uma vitória maiúscula do melhor time da América do Sul, que continua invicto no Brasileiro e agora se concentrará na Libertadores para lutar pela liderança do grupo com o Bolívar. Esse Palmeiras não é imbatível, mas perde pouquíssimas vezes numa temporada.
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