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Duilio Monteiro Alves precisa sair para o Corinthians sobreviver
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Sou de 1963. Já contei diversas vezes que acompanho o Corinthians desde 1970, e passei por boa parte dos 22 anos sem título.
Passei pela semifinal do Campeonato Brasileiro de 1972, quando fomos eliminados pelo Botafogo, no Maracanã, perdendo por 2 x 1, num jogo polêmico. Porque o Corinthians jogava pelo empate e, no final, o zagueiro Baldochi marcou e o árbitro anulou alegando mão.
Ouvi pelo radinho, com a narração do saudoso Fiori Gigliotti, ao lado do meu pai, a derrota para o Palmeiras na final do Campeonato Paulista de 1974.
Vi o meu grande ídolo Rivellino, que para mim é o maior jogador da história do Corinthians, sair quase expulso, indo para o Fluminense, porque foi considerado o responsável pela derrota da final.
Aquilo parecia não ter fim, mas os times daquela época tinham muita raça, e não se perdia jogo algum com apatia.
Me lembro muito bem que, em 1975, foi horrível. Um time completamente mudado, que perdeu bastante, mas estava se formando a base para um futuro próximo e promissor.
Em 1976, invadiu o Rio de Janeiro e o Maracanã para eliminarmos a Máquina Tricolor, e disputar a final do Brasileiro com o grande Internacional do Falcão. Perdemos por 2 x 1, mas ninguém ligou, porque o espetáculo foi dado no Maracanã uma semana antes.
Nós, torcedores daquela época, queríamos o título do Campeonato Paulista, e entramos no ano de 1977 muito esperançosos. E foi a coisa mais linda do mundo vencer a Ponte Preta com o gol do pé de anjo Basílio.
E dali em diante tudo mudou.
Ganhamos novamente em 1979, com Sócrates e Palhinha como dupla de ataque, da qual eu era fã. Treinava no juvenil e depois ia assistir o profissional treinar para ver essa dupla de perto.
Depois, já dentro de campo e fazendo a nova dupla com o Magrão e todos os companheiros, fomos bicampeões de 1982/83.
Daí fui para fora do país e acompanhava de longe a nova era da torcida corintiana, que já estava satisfeita com as vitórias do Paulista. Mas queria ver o Corinthians campeão brasileiro.
Nessa nova era o Neto foi o grande protagonista do título brasileiro de 1990, abrindo as portas para vários depois.
Voltei e virei comentarista. Estava no estádio em todos os grandes títulos do Corinthians até o último, que foi o Campeonato Paulista de 2019, completando o tricampeonato.
Mas quero destacar, obviamente, a Libertadores e o Mundial de 2012. Foram momentos emocionantes no Pacaembu e no Japão.
Bom, eu quero entrar nesse momento vexatório que o Corinthians está passando por quatro anos, que quando joga fora de casa, os times não respeitam mais e vão para cima.
É triste e revoltante assistir um vexame atrás do outro, perdendo para todo mundo longe da Arena.
Eu considero o pior momento desde 1970, que foi quando comecei a ir aos estádios.
É um Corinthians sem identidade, sem comando, sem liderança em campo e nem na política. Uma direção incompetente com um time frágil e sem raça, demonstrando ser totalmente inofensivo.
Cadê aquele Corinthians que se entregava ao máximo em qualquer jogo, e que para o adversário vencer, tinha que se esforçar muito, porque não era simples?
Hoje qualquer time vai para cima, não respeita a camisa e nem história do clube.
Com muita facilidade, o Duilio Monteiro Alves jogou no lixo a história do clube, fazendo com que virasse piada, sendo o pior presidente da história do Corinthians e o maior responsável por tudo que está acontecendo desde quando venceu as eleições.
A torcida precisa pedir raça, vergonha na cara, cobrar o treinador, mas também exigir a saída do péssimo presidente. Nada de violência, nada de ameaças, mas manifestações, sim.
Tudo pode ainda ficar pior se não começar a ganhar fora de casa no Campeonato Brasileiro, porque está desde o início do campeonato perto e, às vezes, dentro da zona de rebaixamento.
Só o Matias Rojas fará esse time frágil se transformar numa equipe forte? Com ele o time recuperará a raça? Só ele fará tudo mudar?
Claro que não. Falaram em cinco contratações certas e, até agora, só tem provavelmente uma.
Qual a chance de tudo mudar num curto espaço de tempo? Não vejo nenhuma chance.
O primeiro passo é recuperar a autoestima, a raça, a confiança. Mas como o Vanderlei Luxemburgo fará isso, se nem ele tem também?
O Corinthians precisa se preocupar muito com o rebaixamento, porque esse risco existe sim.
Os torcedores não podem mais dar ouvidos às falácias do presidente Duilio Monteiro Alves, que não fez mais nada do que enganar e iludir a Fiel Torcida.
Enfim, as portas do inferno estão abertas, e para o Sport Corinthians Paulista não entrar, terá que fazer de agora em diante o que não consegue há quatro anos.
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