Duilio, eu quero fazer uma entrevista com você; topa?

O que significa quando alguém diz que outra pessoa teve os seus "minutinhos de fama" por sido criticado por ela?

Simples. Quem fala dessa maneira tem uma personalidade extremamente arrogante e prepotente, com uma soberba enorme, além de se sentir mais importante do que qualquer outro indivíduo ou instituição. Não há espaço para ouvir opiniões de terceiros.

Este é o caso de Duilio Monteiro Alves, o pior presidente da história do Corinthians. Ele disse à Gazeta Esportiva que eu tive "um minutinho de fama" criticá-lo.

Relacionadas

Organizadas do Corinthians planejam manifestações por SP contra gestão

Corinthians foge de troca, mas Luxemburgo já não está 100% bancado

Luan comenta situação no Corinthians: "Não depende mais de mim"

Bom!!! O Duilio se sente mais importante do que os quatro gols que fiz na minha estreia no Corinthians, na vitória por 5 a 1 contra o Guará-DF, em fevereiro de 1982, pelo Campeonato Brasileiro/Taça de Prata. Ou talvez superior aos três gols que fiz contra o Palmeiras, numa goleada por 5 a 1, em agosto do mesmo ano, pelo Paulistão.

Possivelmente o Duilio vê na sua imagem uma importância maior do que o gol que fiz na final contra o São Paulo, também em 82.

Claro que falando do Duilio Monteiro Alves fico mais famoso, em vez dos dois títulos paulistas (82 e 83) que tenho, de ter jogado uma Copa do Mundo, de ter vencido uma Copa da Itália, com o Torino, e uma Champions, com o Porto.

Ele não tem dúvida alguma que falando dele é mais importante que eu ter vestido a camisa do Sport Club Corinthians Paulista.

É essa estratégia que o Duilio utiliza para tentar tirar o foco do seu péssimo trabalho como presidente do clube, que está à beira da zona de rebaixamento do Brasileirão — pode entrar na degola na noite desta segunda-feira (3), caso o Goiás vença o Coritiba, em casa.

É um tremendo desrespeito com os fiéis torcedores corintianos que querem desta administração respostas imediatas em campo e explicações sobre jovens promessas vendidas a preço de banana. Precisamos de respostas sobre o caos que o Corinthians está passando, e não para falar de mim ou de qualquer outra pessoa.

O Duilio diz nas entrevistas coisas sem mostrar nada de concreto, que confirme a afirmação sobre o Yuri Alberto, batendo no peito ao enunciar que o atacante é o jogador brasileiro mais valorizado do futebol brasileiro. O futebol valoriza ou não um jogador através da estatística, pelos números produzidos em campo. Como um centroavante pode ser o jogador brasileiro mais valorizado se tem média de um gol por mês?

Vítor Roque (Athletico-PR), Endrick (Palmeiras), Marcos Leonardo (Santos) e Paulinho (Atlético-MG) são exemplos de jogadores brasileiros mais valorizados nesse momento.

Como já disse outras vezes, Duilio, você vende jovens jogadores a preço de banana, paga fortunas para veteranos que não correspondem. Mesmo assim, ainda diz que me deu "um minutinho de fama".

Duilio, você não consegue mais enganar os torcedores corintianos. Os protestos estão na sua direção, e você está tentando mudar o foco para o meu lado.

Me tornei comentarista em 1996, trabalhando na ESPN. Pelo canal, analisei partidas das Olimpíadas de Atlanta. No ano seguinte, fui para a TV Globo, onde fiquei por 25 anos — comentei in loco, entre tantos outros eventos, duas Olimpíadas e seis Copas do Mundo. Cobri a Copa do Qatar pelo UOL e pela Folha de S.Paulo.

Durante estes 27 anos atuando como comentarista, também presenciei vários times maravilhosos do Corinthians, que alcançaram títulos grandiosos, e fiz elogios justos.

Contudo, o Duilio afirma que consegui fama apenas agora, depois que o critiquei. Veja só o tamanho da arrogância, da prepotência e da soberba desta pessoa. Você quer elogios pela destruição que está causando no Parque São Jorge?

As suas falácias não surtem efeito algum, porque o torcedor está vendo a realidade das suas atitudes. Pelo jeito, você não é só um péssimo presidente do clube. O seu caráter também é muito duvidoso.

Vamos então conversar frente a frente.

Eu quero fazer uma entrevista com você, topa?