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Dorival Jr e Guardiola veem em Rafinha as mesmas virtudes
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Na noite de ontem (5), aconteceram três jogos das quartas de final da Copa do Brasil, e um deles foi São Paulo 1 x 0 Palmeiras.
Mas não quero falar sobre a partida, porque tudo já foi dito e escrito. Vou destacar as entrevistas do Dorival Júnior e do autor do gol da vitória são-paulina, Rafinha.
O treinador tricolor costuma conceder ótimas entrevistas, sempre bem equilibradas e com poucas lamentações, mesmo quando perde. Para mim, entre todos os técnicos aqui no Brasil, é o mais realista.
Coloca com total clareza a potência do adversário e destaca, sem inventar nada, as virtudes do seu time. Na coletiva de ontem, ele enalteceu o potencial do Rafinha, mas não me surpreendi.
Dorival disse que, para ele, Rafinha é o grande líder do time em campo e no vestiário e ainda destacou que o lateral é o equilíbrio e a referência tática do São Paulo.
Ressaltou também que Rafinha pode fazer um terceiro zagueiro quando necessário, pode ser um lateral com um forte apoio. A maior virtude do experiente atleta de 37 anos é que ele joga como um lateral construtor pelo meio, quebrando a marcação adversária.
Por que não me surpreendi com isso? Porque o Pep Guardiola já havia destacado essas qualidades quando treinou o Rafinha no Bayern de Munique, onde conquistou todos os títulos possíveis.
Definiu o jogador brasileiro da mesma forma que fez Dorival Jr.
Eles têm total razão, só os treinadores da seleção brasileira ignoraram as virtudes do Rafinha, que deveria ter ido para, ano menos, duas Copas do Mundo.
No fim de 2015, Rafinha chegou a ser convocado por Dunga, mas acabou pedindo dispensa, alegando que não era chamado com frequência. "Não sou chamado com regularidade, nem sou uma das opções principais para a minha posição", disse à época. Ele passava pelo trâmite para se naturalizar alemão, o que poderia ajudar numa convocação à seleção germânica.
Essa ignorada fez com que Rafinha desistisse de ser convocado e deixou isso público. Troquei uma ideia com ele para o Casão FC, quadro que eu tinha no Esporte Espetacular, da TV Globo.
Abordamos o assunto seleção, e Rafinha deixou claro a sua frustração. Ele jogou na seleção sub-20, disputou as Olimpíadas de Pequim-2008, quando foi medalha de bronze.
Foi convocado pelo Dunga, mas ficou fora da Copa da África do Sul-2010. Também foi chamado por Felipão para os últimos amistosos em 2014, mas também ficou fora da Copa no Brasil.
É um jogador que ganhou muitos prêmios internacionais e nacionais. Foi eleito o melhor lateral do Brasileirão de 2019.
Se Guardiola e Dorival destacam as mesmas qualidades do Rafinha, significa que, além de um grande jogador, é um cara que agrega o grupo. Ele é respeitado pelos jogadores, demonstrando ter uma forte liderança natural e positiva.
Na próxima semana, quando o São Paulo irá decidir a vaga às semifinais da Copa do Brasil contra o Palmeiras, no Allianz Parque, obviamente essa liderança do experiente lateral será importantíssima para o Tricolor.
Quero destacar também a entrevista do Rafinha depois do jogo. Parecia um garoto iniciando a sua carreira, que fica radiante quando faz um gol importante que deu a vitória ao seu time. É um jogador que faz poucos gols, por isso a sua felicidade.
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