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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Renato, Felipão, Luxemburgo, Abel, Sampaoli e Diniz; personagens da rodada

Os técnicos Luxemburgo, do Corinthians, e Felipão, do Atlético-MG, se enfrentam no sábado (8), pelo Brasileirão - Geraldo Bubniak/Agência Estado/Lucas Emanuel/AGIF
Os técnicos Luxemburgo, do Corinthians, e Felipão, do Atlético-MG, se enfrentam no sábado (8), pelo Brasileirão Imagem: Geraldo Bubniak/Agência Estado/Lucas Emanuel/AGIF

Colunista do UOL

08/07/2023 04h00

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A rodada deste fim de semana do Campeonato Brasileiro tem quatro partidas que chamam a minha atenção e aguçam a minha curiosidade de formas diferentes.

Neste sábado (8), às 18h30, no Mineirão, jogam Atlético-MG e Corinthians, o que representa um duelo de riscos para os dois times.

Pelo Galo, Luiz Felipe Scolari segue sem vencer (três empates e uma derrota) e ainda reclama que existe um complô contra Hulk, para que ele seja advertido com cartões pelos juízes durante as partidas. Chegou a declarar, no último domingo, que "é ordem lá de dentro", que "o Hulk olha feio para alguém, é cartão amarelo". No empate com o América-MG, o atacante foi amarelado duas vezes por reclamar com a arbitragem e acabou expulso.

Já pelo lado do Corinthians, a situação é gravíssima por estar pertíssimo da zona do rebaixamento. Uma derrota deve ocasionar a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo. É impossível ignorar que é algo iminente.

Palmeiras x Flamengo, às 21h, no Allianz Parque, é o confronto entre o terceiro e quarto colocado. São considerados os dois times mais fortes do país e também da América do Sul, visto que, nas últimas quatro edições da Copa Libertadores, cada um ganhou duas vezes.

No início do Brasileirão 2023, as opiniões eram que esses dois times lutariam pelo título pau a pau, mas ainda não conseguiram engrenar na competição. A equipe do Abel Ferreira ficou colada no líder Botafogo em determinado momento, mas depois começou a cair de rendimento.

Já o time de Jorge Sampaoli chegou a ficar sete pontos atrás do Verdão e começou a subir, mesmo sem mostrar regularidade. Apesar disto, já ultrapassou o rival da noite deste sábado e soma dois pontos a mais.

Os técnicos Abel Ferreira, do Palmeiras, e Jorge Sampaoli, do Flamengo, se enfrentam no sábado (8), pelo Brasileirão - Ettore Chiereguini/Thiago Ribeiro/AGIF - Ettore Chiereguini/Thiago Ribeiro/AGIF
Abel Ferreira, do Palmeiras, e Jorge Sampaoli, do Flamengo, se enfrentam no sábado (8), pelo Brasileirão
Imagem: Ettore Chiereguini/Thiago Ribeiro/AGIF

O Flamengo tem oito pontos a menos que o Botafogo, enquanto o Palmeiras tem dez de desvantagem. A derrota, ou até o empate, irá complicar muito na luta pelo título.

Eu sei. Muitos estão pensando: "Casão, ainda faltam muitos jogos, você está exagerando".

A minha análise nunca é em cima do "se", e sim o que o momento destes clubes tem mostrado. Claro que o cenário pode mudar até a 38ª rodada.

Já no domingo (9), às 18h30, tem o grande jogo da rodada entre o vice e o líder do campeonato, Grêmio x Botafogo, em Porto Alegre. O resultado pode influenciar muito no futuro próximo no Brasileirão. Uma vitória do time do Renato Gaúcho esquenta a disputa do título, mas, se o Botafogo ganhar, o clube carioca dará um salto enorme na direção à taça.

Conhecido por ser copeiro nos duelos de mata-mata, Renato Gaúcho já disse que sonha em conquistar o Brasileirão de pontos corridos. A vitória na Arena do Grêmio deixará os gaúchos na cola do Botafogo, que manteve o embalo, mesmo com o interino Cláudio Caçapa.

Outro jogo que me interessa muito é Fluminense x Internacional. Não só por ser um grande clássico entre estes dois times, que figuram no G8, mas também porque será o primeiro jogo de Fernando Diniz já como interino da seleção brasileira.

Existem duas possíveis situações nesse caso. Primeiro, se vencer jogando bem, será uma festa. Caso perca, já pode começar o desgaste entre o Diniz e os torcedores do Fluminense, pois muitos não viram com bons olhos essa divisão de foco do treinador.

Aponto até a possibilidade de se iniciar um desconforto, uma incompatibilidade, um desgaste... No Brasil funciona assim: todos nós, independentemente de classe social, cor da pele, gênero ou profissão, vamos de 8 a 80 em questão de minutos.

Os jogos que citei são os mais intensos, mas a rodada toda tem um cenário dramático, principalmente na luta contra o rebaixamento.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL