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Domingo à tarde tem final no Maracanã; à noite, estarei com Neto na Band

Início de tarde aqui na Itália. Já estava no avião, no aeroporto Leonardo Da Vinci, em Fiumicino (Roma), rumo ao Brasil, quando iniciei este texto.

Foram oito dias fantásticos, movidos a muita emoção, paixão e amor, numa troca com a comunidade de Ascoli Piceno. Todas as noites jantei em lugares diferentes, com grupos de torcedores e pessoas da cidade.

Foi incrível mesmo, mas agora quero assistir, no domingo, ao primeiro jogo da final da Copa do Brasil, entre Flamengo e São Paulo, no Maracanã.

Duas equipes totalmente irregulares, que oscilam desde o início da temporada.

O time da Gávea perdeu todos os títulos que disputou até agora no ano e ainda sofreu uma eliminação vexatória na Libertadores para o Olimpia-PAR.

O Tricolor fez um péssimo Paulistão e também caiu na Copa Sul-Americana, só que em pleno Morumbi lotado, nos pênaltis, para a LDU-EQU.

Na última rodada do Brasileirão, os dois clubes foram derrotados e não chegam bem (também com a autoestima em baixa) para essa primeira partida da decisão.

Mas, numa final, o cenário muda. Acredito que esse jogo do Maracanã pode ser mais cauteloso para ambas as partes, porque ninguém está num momento muito seguro para arriscar de cima para baixo. Flamengo e São Paulo deixarão para o segundo jogo todas as forças reunidas.

Claro que, por jogar em casa, o time do técnico argentino Jorge Sampaoli tem a obrigação de agredir mais, pressionar mais e buscar uma vitória, mesmo que seja só por um gol de diferença.

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Já acho que o Dorival Jr. irá se preocupar mais em quebrar o ímpeto agressivo do Rubro-Negro, no Maracanã, que ele conhece tão bem.

A noite de domingo será legal também porque fui convidado para participar do programa Apito Final, da Band, que é comandado por Neto.

Conheço o Neto desde os tempos em que ainda jogávamos. Eu no Corinthians e ele ainda no Guarani. Pouquíssimas pessoas sabem, mas eu e o Neto ficamos juntos num spa.

Eu iria trabalhar na Copa de 1998, na França, que seria o meu primeiro Mundial como comentarista. A direção da Globo me avisou que o trabalho era pesado nestes grandes eventos, então resolvi me preparar.

Durante esse tempo que ficamos juntos no spa na cidade de Itapeva (interior de São Paulo), tive que ir comentar uma partida no Brinco de Ouro e levei o Neto comigo na cabine. Afinal de contas, o Neto é muito ídolo das duas torcidas.

Me lembro que o narrador era o Cléber Machado, e o Neto fez umas participações naquela transmissão e depois do jogo voltamos para o spa.

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Confesso que em Campinas demos uma furada nervosa em nossa dieta antes do jogo.

Então, depois da gentileza do Neto de ter me convidado ao vivo para participar do seu novo programa na Band, aceitei de cara.

Estava na Itália e só fiquei sabendo do convite pela internet. Achei bem legal da parte dele.

Portanto, no domingo à noite, estarei debatendo tudo o que aconteceu neste fim de semana sobre futebol pelo mundo fora.

Até lá, pois o meu voo já está a caminho da nossa linda Sampa.

Enquanto eu escrevia este texto, ouvia uma playlist que montei só com músicas da MPB dos anos 70. Passei por 'Táxi Lunar' (Geraldo Azevedo), cheguei à fantástica 'Carcará' (João do Vale e João Cândida da Silva), entrei em 'Espelho Cristalino' (Alceu Valença), deliciei 'Da Manga Rosa' (Ednardo) e viajei no 'Chão Giz' (Zé Ramalho), além da viagem incrível também com 'Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua' (Sérgio Sampaio).

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Mesmo tendo ficado pouco tempo na Itália, sinto falta da nossa brasilidade musical.

Tô voltando!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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