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Direto do São Paulo levou o Flamengo para a lona mais uma vez

Depois do título inédito da Copa do Brasil, o São Paulo talvez tenha encontrado o caminho dos grandes títulos novamente.

É muito cedo para dizer que já mudou e confirmar que "o campeão veio", como cantam os torcedores dos tempos quando retomam o caminho das vitórias.

O presidente Julio Casares e sua diretoria do futebol precisam resolver com urgência detalhes importantes para que o Tricolor consiga realmente mudar o cenário dos últimos anos.

Para entrar em 2024 com grandes expectativas, dois personagens precisam permanecer: Dorival Jr. e Lucas Moura.

O treinador desenvolveu ao mesmo tempo confiança e autoestima, montou um esquema tático em cima das características de seus jogadores.

Dorival exerceu intensidade diferente em seu tempo graças à chegada de Lucas.

Para manter essa pegada, a permanência dos dois será imprescindível para que o São Paulo volte a ser também um favorito nos torneios que disputa.

O clube voltará a disputar o principal torneio do nosso continente, que é a Libertadores da América, da melhor forma possível, visto que já garantiu sua vaga para 2024 devido ao título da Copa do Brasil.

Segurar também Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Arboleda, Beraldo, Diego Costa, Caio Paulista, Calleri, Alisson, Welington Rato, Rafael e Rafinha, caso ele ainda se sinta em condições (ele já pensa em aposentadoria), e contratar jogadores para fortalecer o grupo.

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Na semana passada, escrevi que o São Paulo estava a dois passos do paraíso, mas agora entrou e, para permanecer nele, a direção precisará trabalhar muito.

Enquanto isso, na Gávea, ninguém sabe quem comanda o clube e o time, quais são os líderes do grupo de jogadores.

Nunca vi um ano tão desastroso como este de 2023 do Flamengo. Começou a temporada disputando títulos até chegar ao dia 24 de setembro e perder a última chance de ser campeão no ano, pois está longe da briga pelo título do Brasileirão — está a 11 pontos do líder Botafogo.

A soberba e a arrogância de Rodolfo Landim e de Marcos Braz engoliram o ambiente vencedor que Dorival Jr. havia deixado.

Essa soberba se espalhou pelos jogadores, que não conseguiam enxergar a realidade porque Braz sempre vende um ambiente totalmente fora dos fatos.

Brigas, tapas, socos, mordidas, nariz quebrado... Mesmo assim, o vice-presidente de futebol costuma vir a público e para dizer que está tudo sob controle.

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O time fez pouquíssimas partidas com bom nível. É claro que num ano desastroso como esse a responsabilidade não é de um só, mas Marcos Braz falhou nas suas escolhas para treinador — Vítor Pereira já voltou à Europa há alguns meses e Jorge Sampaoli está perto de também fazer as malas — e nas decisões por alguns jogadores caríssimos que não deram em nada até agora.

Além da saída de Marcos Braz, o Flamengo precisa fazer uma faxina geral. Mudar a maioria do elenco e formar novamente uma equipe competitiva e forte. Já passou da hora de tomar essas exceções.

Neste ano, o Flamengo se montou um lutador de boxe do peso pesado que foi disputar o cinturão. Foi para cinco ou seis decisões, mas foi nocauteado em todas as lutas.

O Rubro-Negro precisa recuperar a confiança interna e externa, apagar a imagem de soberba que foi criada e treinada muito para voltar às glórias.

Senão, este 'lutador' continuará sendo derrubado.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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